18 de nov. de 2011

Sonho presente

Eu já estava acordada há tempo suficiente para meus sentidos despertarem por completo. O sol não estava mais ameno e o frescor da manhã se dissipara completamente. Foi quando lembrei do sonho da noite anterior.
Você estava ao meu lado, no alto de uma torre, tranquilo como se tivesse domínio sobre o mundo inteiro. Sentíamos a brisa suave acariciar nosso rosto, o seu cheiro perfumar o ambiente e ao longe, o barulho da chuva que se formava. Foi quando você tomou a minha mão e a colocou gentilmente sobre seus olhos, dizendo: 
"Por aqui vejo o mundo". 
Senti meu coração disparar com o toque da sua pele e prendi a respiração quando você tomou novamente a minha mão e a colocou sobre seu peito, dizendo: 
"E por aqui vejo você."
Nessa hora as densas nuvens se desmancharam em chuva e o meu coração acompanhou cada gota precipitar-se ao solo. Como uma ópera que desliza calmamente nota por nota até encontrar-se com o silêncio, eu deslizei para seu colo feito uma criança. Feliz por estar com você. 



27 de out. de 2011

Meus ingredientes para a felicidade

Meus ingredientes para a felicidade: Liberdade, Força e Amor.

Liberdade porque com ela posso respirar ares dos quais jamais respiraria se não fosse livre, porque posso andar solitária pelas ruas do mundo; mas também posso ter ao meu lado pessoas igualmente livres para que andem comigo por um trecho do caminho ou por toda a minha vida. Posso buscar conhecimento, provar sabores, cativar e deixar que me cativem, abrir os olhos ao mundo sem receio de cegá-los, tocar as flores e sentir seu aroma sem necessitar arrancá-las, posso ter menos e SER mais, descobrir quem sou, sorrir com facilidade -chorar também- posso viver intensamente. 
No entanto, preciso também de Força para não sucumbir aos apelos da arrogância, do desprezo, da futilidade  e das mentiras. Se um dia eu perder a força, perderia tudo.
Por fim, preciso de Amor porque é necessário dar sentido a tudo que se faz na vida. O que seria, então, o maior sentido se não aquilo que nos move para todas as direções? 

Isso é tudo que preciso. 

20 de out. de 2011

Análise Filosófica do filme “Duas Faces da Lei” por Pollyana Cascaes



         
            Sinopse: Após 30 anos como parceiros no Departamento de Polícia de Nova York, os condecorados detetives David Fisk (Al Pacino) e Thomas Cowan (Robert De Niro) deveriam estar aposentados, mas não estão. Eles são chamados para investigar o assassinato de um conhecido cafetão, que parece ter ligação com um caso envolvido com eles há alguns anos atrás. Como no crime original a vítima é um criminoso suspeito, cujo corpo foi encontrado junto a um poema que justifica o assassinato. Quando outros crimes do tipo acontecem fica nítido que eles estão às voltas com um serial killer.

            Antes de escrever sobre “Duas faces da lei”, li algumas críticas e notei que a opinião era comum: Bons atores, porém roteiro fraco. Entretanto, os autores dessas críticas não avaliaram o teor filosófico do filme em questão e, deste modo, não perceberam a trama que se formava por trás das cenas e dos diálogos. Trata-se, portanto, de um sutil – porém consistente- questionamento filosófico acerca da justiça. Questões como: ‘O que é a justiça’ e ‘Como é formada e a quem é resguardado o dever de garanti-la’ são perguntas chaves para entender o desenrolar do filme e, em conseqüência, reavaliar nossos conceitos muitas vezes petrificados a respeito do que nos envolve.

Desta forma, a fim de embasar teoricamente a minha análise de “Duas faces da lei”, busco auxílio em um autor clássico da filosofia, Voltaire, que em 1764 lança o primeiro “livro de bolso” da história, cuja finalidade era incentivar a leitura das massas. Propositalmente, o livro era um dicionário filosófico, em que Voltaire questionava alguns temas pertinentes na época – não surpreendentemente válidos até hoje – tais como o amor, o bem, Deus, Inferno, Guerra, Democracia, Sonhos, Orgulho, Liberdade, Virtude e, é claro, a Moral e a Justiça.  Portanto, diz Voltaire:

             “A moral é uma, vem de Deus; os dogmas são diferentes, vêm de nós”.

            Nesta citação, entende-se “moral” como a capacidade de distinguir o certo do errado, o justo do injusto, o bem do mal e, uma vez feito, a sabedoria de escolher sempre o certo, justo e bom. Mais adiante, no mesmo livro, Voltaire discorda de Le Beau quando o mesmo diz:

“Os cristãos tinham uma moral; mas os pagãos não tinham nenhuma”

Decepcionado, Voltaire replica:         

“Ah! Senhor Le Beau, onde aprendeu essa tolice? Se estais certo, que vem então a ser a moral de Sócrates, de Zaleucos, de Charondas, de Cícero, de Epicteto, de Marco Antônio?

E Voltaire reitera:

“Há somente uma moral, assim como há somente uma geometria. Mas a maioria dos homens ignora a geometria. A moral, entretanto, jamais pode ser ignorada porque esta provém do coração.”

            Agora temos em mãos quatro citações. Ao ler superficialmente a primeira delas, pode-se cair no erro de acreditar de Voltaire defendia a moral Cristã, neste sentido, Le Beau serve como prova de que Voltaire reprova a moral Cristã e, além disso, defende uma moral completamente nova a época: a moral do coração.

            O que seria, então, esta tal moral a que Voltaire se referia? Voltaire não acreditava em conhecimento inato, portanto Deus não “colocou em nós” a capacidade de distinguir o justo do injusto. Voltaire também não aprovava os dogmas, portanto não é possível afirmar que os homens conhecem a moral a partir das leis que os regem. Pelo contrário, Voltaire já “plantava” o pensamento de que os dogmas (religiosos, principalmente) aprisionavam o homem livre.

            A moral do coração, portanto, é a concepção única do bem que os homens possuem. O saber limpo e esclarecido que rege o pensamento do homem de bem. O discernimento, a luz e, em outras palavras, a procura incessante de todos os filósofos: a razão.

            Mas o que tudo isso tem a ver com “Duas faces da lei”? No filme, um policial que serviu ao Estado de Nova York durante 30 anos, analisa seu histórico na polícia e se depara com 30 anos de uma burocracia legislativa que, por ser tão falha e corruptível, pune os inocentes e premia os culpados. O Policial percebe, então, que a noção deturpada de justiça acaba passando despercebida por aqueles que acreditam cegamente no poder que o Estado possui de garanti-la. Mas diferente da massa politicamente neutra, o policial David Fisk não acredita mais no Estado e resolve restaurar a justiça por conta própria.

            Ele conta, no filme, como e porque eliminou assassinos, estupradores, cafetões e demais agentes da desordem social; dividindo, assim, a opinião de quem assiste: Será que o fato de estar cumprindo sozinho o papel do Estado o torna herói ou vilão?

            Com a finalidade de responder a esta questão, o próprio filme apresenta dois personagens que, na trama, são essenciais para encaminhar o espectador a uma análise mais aprofundada do questionamento. O primeiro personagem é o próprio David Fisk, o policial justiceiro, que compõe um poema para cada vítima justificando o assassinato da mesma. A exemplo temos a décima vítima, um cafetão violento e viciado em drogas, o poema deixado junto ao seu corpo inerte, dizia:

“Ele negocia o pecado e a carne, o mercador
Ele colhe a fruta no auge do seu frescor
Agora ninguém mais vai espancar suas florais
Seu coração parou, ele não respira mais.”

            Este poema e mais treze escritos pelo policial, cada um dedicado a uma vítima, demonstram um comportamento pacífico em relação aos seus “crimes”. Essa afirmativa é assegurada pelo segundo personagem importante da trama, Hingus, um psicólogo que analisa o comportamento do policial em sua totalidade, chegando à conclusão que o mesmo não possui nenhum tipo de anormalidade psíquica. Em outras palavras, o policial era inteiramente são e em nenhum momento saiu do seu equilíbrio normal, nem quando cometeu os 14 assassinatos. Portanto, fica claro que não existiu outra finalidade se não o “nobre” desígnio de fazer justiça com as próprias mãos; mãos estas que, diga-se de passagem, estavam calejadas de trabalhar em prol de uma justiça inescrupulosa e ineficiente.

            A justiça é, portanto, trabalho dos bons, dos justos. Raramente uma decisão do justo é contestada, se isso acontecer (como foi proposta nesta análise), se faz necessário entender muito além do que a própria decisão implica, cada caso em seu caso, cada pessoa em sua situação. Mas antes de qualquer conclusão, existem os questionamentos, assim como em todo fluxo, existe seu refluxo e em toda síntese, existe antes uma antítese.

            Como pensadores, não devemos permitir que conceitos sejam petrificados em nossa consciência sem antes colocá-los em dúvida. A questão da justiça abordada no filme serve como exemplo de conceitos que aceitamos com facilidade por parecerem os mais corretos e, estupidamente, criamos uma barreira que limita nosso filosofar.

            Desta forma, encerro a análise citando Harold L. Klawans, que diz:

Aceitamos muitos conceitos porque eles parecem ser as respostas lógicas às nossas questões. Mas será que fizemos as questões certas?”

           
           

                        

21 de set. de 2011

SEETE

Às vezes, um dia inteiro se resume a uma frase. Naquele dia, saltou aos meus olhos a seguinte: 

"Sempre espere que eu te entenda"


E assim está sendo desde sempre até hoje. 

7 de ago. de 2011

É triste sentar-se e ver a vida passar, dar-se conta de que todos escoam pelos dedos das mãos que respondem ao tempo sempre "sim", mas recebem da vida sempre um "não"

27 de jul. de 2011

Não me permito ficar triste, mas a permissão não vem sempre de dentro de mim. Às vezes, queria continuar longe, sonhando, tangenciando a realidade; entretanto, outrora, pergunto-me o que é -de fato - a minha realidade. Será o sonho? Será o ódio? Será a doçura? Não sei.

Tu sabes? 

22 de jul. de 2011

8/11

Oi, querido. Sei que vc pediu para eu não escrever mais os posts e descansar, mas prometo que esse é o último. Sem falar que não vou pegar nenhuma citação de nenhum livro. Pelo contrário, quero apenas dizer que te amo muito, que estou sentindo muita saudade e que não sei como vou fazer para suportar a sua falta. Vc saiu há 1h daqui e já estou me mordendo de saudade, imagine só... 

Querido, manterei minha promessa de ficar feliz e vc mantenha a sua tambem. Quando eu voltar, vamos matar a saudade do nosso jeito de ser.

Eu te amo muito sempre e tanto. Estou chegando, só mais um pouco ^^ 

"DE TUDO, A MEU AMOR SEREI ATENTA ANTES"

TE AMO. 

21 de jul. de 2011

7/11 - Essa calça é azul, afinal. ^^

Oi, amor. Hoje é quinta, dia 21.... Fico me perguntando o que eu farei para amenizar a saudade que sentirei de você enquanto estiver longe. Não que os posts que estou fazendo irão te deixar bem, mas ao menos eles são mais uma forma de me comunicar com você, me manter perto.

Sabe...eu acho que vou pedir para usarmos mensagens também, além das ligações. Porque eu gosto de ler o que você escreve, além de poder ler a hora que eu quiser. Seria bom também se a parte de mídia do meu cel. tivesse funcionando, pois aí eu tirava uma foto lá e te enviava na mesma hora :)

Tava pensando em uma terceira coisa...

Desde que nos conhecemos, nunca ficamos tantos dias sem nos ver. O máximo foi 8 dias, agora serão 11 :O
De qualquer forma, quando a viagem acabar estaremos juntos como sempre. ^^

P.S.: Estou com saudade de dançar também:


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O livro de hoje é.....

"Praticamente inofensiva - Douglas Addams"


OBS.: Abri o livro numa página qualquer, como tenho feito desde o começo e então - para minha surpresa - encontro uma antiga carta sua. Como é costume seu, não está datada, mas sei que é antiga pois tô espirrando até agora por causa dela. rs

"Vou passeando sobre o vento, pisando em pensamentos que certamente me levarão até você, cantando poesias que me apontarão o caminho certo para meu encontro com você, anjo meu.
Vou em dias frios resgatá-la da sombra de sua casa e trazê-la para fora, para a chuva. Você é tão linda sorrindo e completamente ensopada.
Já sei o caminho a seguir para longe de tudo, só falta você sair correndo e me encontrar aqui e ali, lá longe e bem aqui pertinho, pois enquanto quiser me encontrar, estarei em toda parte.
Suave como um dedilhado em cordas de violão, caminho perdido pela casa. Suave como o vento e silencioso como a noite sou eu longe de ti.
Anjo de infinitos desejos que só pertence a mais poderosa das sortes. De linda e esplêndida leveza vejo seus passos ao meu encontro. Anjo perfeito e maravilhoso, seus beijos me fornecem a vida e para mim só vale a pena viver na proximidade dos teus beijos.
Te amo de forma redundante, de forma que nem sei explicar, mas quando ouvir de mim que te amo, acredite, pois te amo te amo te amo. "

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*-* Precisa dizer mais alguma coisa?? Eu também te amo e sou realmente um anjo de sorte, por ter encontrado você. Não tenho medo de ser clichê, apenas esqueça o mundo e vamos viver juntos para sempre.

Obrigada, "Praticamente Inofensiva", pela sua contribuição de hoje! hehe

Te amo

20 de jul. de 2011

6/11



(O livro de hoje tem a ver com a imagem)

Olá, querido. Hoje acordei cedinho apesar do dia de ontem ter sido exaustivo. Vim fazer a sexta postagem antes de lavar as roupas da viagem. 

Bom...a cada dia que passa se aproxima a minha ida p/ BH, mas fico feliz por você não estar triste com isso. Quero que saiba que eu vou tomar/estou tomando todas as minuciosas precauções que você recomendou. Eu te amo e voltarei sã e salva para vc. ^^

O livro de hoje é.....

"A hora da estrela - Clarice Lispector"

..."Pareciam por demais irmãos, coisa que não dá para casar. Mas eu não sei se eles sabiam disso. Casariam ou não? Eu ainda não sei, só sei que eram de algum modo inocentes e pouca sombra faziam no chão".

Reiterando....

..."Pareciam por demais irmãos, coisa que não dá para casar. Mas eu não sei se eles sabiam disso porque o amor que sentiam um pelo outro os fazia tão iguais, mas não é igual de irmão, mas sim de almas que nasceram juntas e morreriam juntas. Casar ou não era uma questão judicial porque almas assim nascem casadas. O que o futuro lhes reservada? Eu ainda não sei, só sei que eram de algum modo inocentes e pouca sombra faziam no chão"

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Não saiu da imaginação de Clarice Lispector, mas achei melhor mudar porque nossa história é mais bonita que a estória do livro.  ^^

Querido, aguarde só mais uns dias e logo estarei nos seus braços. Te amo Te amo Te amo

19 de jul. de 2011

5/11

Hoje é terça-feira e eu acabei de contar para vc que estou fazendo as postagens programadas... Vc gostou muito, mas eu deveria fazer uma surpresa....

Você tbm é bilrifol ^^ E eu love you. kkk

Cronograma do evento, amor:


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O livro de hoje é.......... O enígma de Iracema:

"Sua passagem de volta foi remarcada para hoje à tarde. Estejam no aeroporto para o check-in às 14h. Embarcarão às 15h. Se não obedecerem, ou se avisarem a polícia, elas não voltarão nem hoje nem nunca."

Já pensou, amor? O.o que meda. kkkkk

To brincando. Deixa eu explicar uma coisa, eu escolhi 11 livros aleatórios e to tirando as passagens aleatoriamente também....Eu abro o livro numa página qualquer e procuro algo que se relacione a nós...Para você ver que é muito fácil encontrar coisas que se relacionem a nós ^^

Te amo, love of my life!


Horas Mortas - Salvador Dali

*TE AMOOOO*

18 de jul. de 2011

4/11 - Segunda - Dia 18/07

Olá, amor.

Hoje é oficialmente o segundo dia de evento. Não dá para falar exatamente o que estou sentindo porque eu to sentada na cadeira da copa da minha casa e você está no trabalho. Nos vimos ontem e nos veremos amanhã, então estou com saudade, mas não se compara a saudade que provavelmente sentirei quando você estiver lendo isso. Querido, espero que você saiba a todo momento que eu te amo, que meu desejo é estar com você e que você é tudo para mim, é a pessoa mais importante que eu tenho. Estaremos sempre juntos e esses dias irão passar bem rapidinho, você vai ver.

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O livro de hoje é Desventuras em Série: A sala dos Répteis. (Livro 2)

Tio Monty fala para os órfãos:

"Depois de terem morado tanto tempo na cidade, acho que o campo vai ser uma mudança agradável para vocês."

Eu separei essa frase porque podemos encarar a minha visita a Belo Horizonte como uma prévia do lugar onde poderemos morar mais tarde...Quem sabe eu goste tanto que queiramos nos mudar pra cá?? ^^

P.S.: A Mafalda tá triste, mas eu não to. Eu te amo.

17 de jul. de 2011

3/11 - Dia 17/7 - Domingo

 Normalmente estaríamos lá em casa comendo PollyWich com Cola-Cola.... Que vontade, deu até fome agora. 

Hoje chego ou já cheguei em BH, estamos oficialmente longe pra carambolas. Queria que estivesse assim:




kkkkkkkkk....desconfortável, né?
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O livro de hoje é......AS CRÔNICAS DE NÁRNIA!

Fiquei muito feliz quando abri o livro em qualquer página e caiu neste poema aqui:


"Onde o céu e o mar se encontram
Onde as ondas se adoçam                                                                                                                 Não duvide, Ripchip,



Que no Leste absoluto está
Tudo o que procura encontrar"


Acho que nem precisa dizer mais nada, né? Te amo ^^ ^^ ^^ 


16 de jul. de 2011

2/11 - Sábado dia 16/07





Hoje é o meu segundo dia de viagem, amanhã estaremos chegando em Belo Horizonte. Deve estar frio e meu pensamento não sai de você. 

Provavelmente eu to pensando em coisas como: "Ainda dá tempo de voltar pro MA" ou "É só pegar um ônibus e descer na rodoviária, depois pegar cohatrac rodoviária e descer em casa!"..... rs rs Eu sei que vc está me achando irresponsável agora por sequer pensar nessa hipótese. Mas eu te amo mesmo assim ^^

O livro de hoje é "Os contos de Beedle, o Bardo"

Como vc sabe, esse livro é uma coleção de contos mágicos e um desses contos chama-se "A fonte da Sorte". Tem uma frase nesse conto que diz assim: "Paguem-me a prova de suas dores", fiquei pensando o que poderia ser a prova das dores de alguém....Se for dor física, pode ser uma ferida, uma cicatriz ou qualquer coisa relacionada ao corpo...Mas como provar uma dor emocional?

Não quero dizer que estou triste ou sentindo alguma dor nesse momento e nem quero entrar na parte filosófica da questão; mas se você analisar no nosso caso, a prova das dores que já suportamos é o nosso próprio amor, porque foi em nome dele que nós lutamos e é por ele que nós estamos aqui, 7 anos depois, juntos e a cada dia mais apaixonados um pelo outro. 

Quando nós viajamos pro Rio, sorte nossa que fomos e voltamos juntos, nós passamos por muitas dores, principalmente a dor de ficar um tempo longe numa cidade desconhecida...Mas nós suportamos, crescemos com isso e hoje só restam lembranças boas de lá...E essa viagem que estou fazendo agora, apesar de estarmos fisicamente separados, tenho plena certeza de que a todo instante você está pensando em mim assim como a todo instante penso em você. Desejo seu toque, desejo seu cheio, desejo sua voz, desejo sua imagem na minha frente, desejo sua pessoa....Mas o que me conforta é saber que tudo que sinto, você tbm sente. Então, vamos aguentar mais um pouquinho só e logo estarei nos seus braços, tá?

EU TE AMO SEMPRE!!!

15 de jul. de 2011

1/11 - Dia 15/07 - Sexta

Olá, amor.

Segundo os meus cálculos, ficarei longe de você 11 dias, então pensei em uma forma de manter você pensando em mim durante esse tempo rsrsrsrs (brincadeirinha)

Lembra de quando fui pra Barreirinhas e programei uma postagem para cada dia que eu estava longe? Vou fazer a mesma coisa aqui, só que dessa vez eu separei 11 livros e de cada um tirei uma frase ou trecho que me fez lembrar de você. 

Portanto, se você quiser, todos os dias poderá vir aqui no blog e ler o que eu escrevi para vc. Legal, né? ^^

Então vamos ao primeiro livro....... than than than than que rufem os tambores....... 

" O mundo de Sofia" - Pág. 320
 Pensamentos de Hilde ao ler sobre Plotino:

"...tudo o que vemos tem um pouco de mistério divino. Podemos ver o brilho desta alguma coisa num girassol ou numa papoula. Percebemos mais ainda desse insondável mistério numa borboleta que pousou num galho, ou num peixinho dourado que nada no aquário. Mas o ponto mais próximo em que nos encontramos com Deus é dentro da nossa própria alma. Só lá é que podemos nos reunir com o grande mistério da vida. De fato, em alguns raros momentos, podemos sentir que somos nós mesmos este mistério divino." 

Esse trecho me lembrou de você porque eu não acho raros os momentos em que me sinto parte do mistério divino, creio que somos anjos de uma asa só e quando encontramos o outro anjo com a nossa outra asa, passamos a ser parte desse mistério divino que, não foi citado, mas tem um nome: amor. E eu fico muito feliz em ter te encontrado ^^

Como hoje é o primeiro dia, provavelmente ainda estou dentro do ônibus lembrando aquele dia que estávamos indo pro shopping Rio Anil e você disse assim:

"Em alguns dias vc vai estar num ônibus de viagem ouvindo esse mesmo barulho (motor do ônibus) e olhando a paisagem pela janela..."

E realmente devo estar. Você só esqueceu de citar que eu estarei com muita saudade de você. 

Então.....até amanhã.

Te amo :)

19 de jun. de 2011

Meu sonho de consumo é....




Dirigir um clássico








De volante fino







Usando um Aviador










Depois dessa, só me resta dizer: BjsMeLiga ;) hahahaha




5 de jun. de 2011

Glee Project


Baixinho, fora do padrão e inseguro, o brasileiro Matheus Fernandes, 20, poderia ser um dos desajustados alunos do seriado americano "Glee". E está muito perto de conquistar essa chance.

Ele foi selecionado para o reality show "The Glee Project", competição de talentos em que o prêmio principal é um papel na série.

Matheus foi para os Estados Unidos aos 12 anos para consultar especialistas a respeito de sua altura (1,45 m).
"A conclusão foi que não tem nada de errado comigo e que um tratamento com hormônios não adiantaria", diz.
Ele permaneceu no país para terminar os estudos e passou a viver em um universo parecido com o da série.

Como os coralistas do fictício colégio McKinley, ele não estava entre os alunos mais populares da escola. "Eu 
era o menino deixado de lado."

Matheus decidiu, então, focar suas atenções nas artes. "Foi quando eu descobri o quanto a música pode mudar a vida de alguém."

28 de mai. de 2011

Anna Pavlova

"Execute o último compasso bem suave" essas foram as últimas palavras de Pavlova, falecida em 1931 e consagrada por ser o cisne mais gracioso que o ballet "Lago dos cisnes" jamais viu. 


Pavlova sem dúvida é um exemplo de talento aplicado na dedicação à dança: ingressou aos dez anos na escola Russa de ballet e desde então foi lapidada pelos melhores mestres. Na verdade, pode-se dizer também que Pavlova aperfeiçoou seus mestres ao passo que eles a aperfeiçoavam porque, antes de Pavlova, a imagem corporal de uma bailarina clássica eram membros compactos e musculosos para que fossem capazes de executar os movimentos que o ballet exigia. Entretanto, com sua simpatia e graça, ela transformou esse ideal em passado e todos começaram a ingressar numa nova forma de ver a execução do ballet: passos suaves e de energia bem distribuida, de modo que permitisse à bailarina transpor seus sentimentos ao público.

Contudo, muito preocupados com a perfeita execução dos movimentos e não muito interessados em sentimentos, alguns críticos russos reprovaram seus métodos. Felizmente tais críticos não foram a maioria e, surpreendendo a todos, Pavlova logo conquistou uma multidão de fãs que se estendiam muito além da Rússia, inspirando renomadas academias de ballet da França e Alemanha.



Hoje, 80 anos após sua morte, permito-me dizer que seu legado foi conquistado com muito sacrifício, superando todos os obstáculos que poderiam impedi-la de alcançar a perfeição na dança. Porém, Pavlova não apenas superou os obstáculos, como também encontrou força necessária para dançar graciosamente sobre as dificuldades e, como se não bastasse, transmitir sua paixão incondicional pela dança para todas as gerações futuras.

Portanto, como bailarina e como pessoa, só posso dizer: Obrigada por viver, Anna Pavlova. 


22 de mai. de 2011

Carta Solitária


Eu já sei que não consigo cuidar de mim sozinha. O que posso fazer? Quando está perto, não me sinto em perigo nem mesmo quando ele - o perigo- é inevitável.

Hoje sobrevivi a um ataque que investi contra mim mesma, tudo porque quis provar algo desnecessário: aquilo que não nos mata, nos fortalece. Entretanto esqueci da parte que ninguém comenta: o que não nos mata, nos machuca muito antes de sarar e, enfim, fortalecer.

Mas enfim sarou.
Enfim estou mais forte.

Contudo, poder dizer que sou mais forte não me possibilita dizer também mais feliz porque ainda assim, ainda depois de tudo, preciso de você.


7 de mai. de 2011

Breve história de uma vida

Tudo começou numa praça. Neste caso, "tudo" quer dizer a minha vida e as coisas que nela estão contidas: desde o ar que respiro até os pensamentos vagantes que costumo ter. 

Como eu estava dizendo... Tudo começou numa praça. Era uma praça comum, na época pouco mais movimentada do que é hoje, mas ainda a mesma praça. Eu tinha 13 anos e não pensava em namorados, talvez por isso tenha sido tão difícil reconhecer o que eu senti quando você veio em minha direção para falar com amigos seus que, felizmente, também eram amigos meus. 

Ocasionalmente conversamos, ambos com uma sensação quente e estranha na garganta. Eu o abracei como se isso fosse a coisa mais natural do universo - no momento, para mim, era - e na minha cabeça eu estava conhecendo um amigo cujos olhos pacíficos inundavam minha alma de felicidade. Mas você organizou o fato de ter me conhecido muito mais rápido que eu e logo soube que eu era a sua amada. Aquela cuja sombra você procurou por todos os cantos da sua alma até então sombria. Mas nada disso foi, de algum modo, verbalizado. Foram algumas horas de conversa, risos e, apesar da noite parecer calma, algo ali estava acontecendo; alguma coisa bem maior e mais forte que qualquer encontro casual entre amigos. 

A noite mágica acabou e logo pela manhã as perguntas começaram: Será que vou revê-lo? Será que vou estar novamente com aqueles olhos pacíficos? Na noite anterior estava tudo tão perfeito que não nos preocupamos em trocar número de telefone. Parecia que, por mais que fôssemos dormir em lugares diferentes, estaríamos juntos para sempre. E estávamos certos, mesmo assim você se adiantou ao próximo encontro e iniciou uma fase da nossa vida que eu gostaria de chamar de "mistérios por mensagens".

Você queria dizer que me amava, mas teve medo da rejeição e encontrou a forma mais romântica de, pouco a pouco, me contar isso. Tudo começou com mensagens no celular da minha prima. Neste caso, "tudo" refere-se a fase de mistérios. E então tive acesso às mensagens, às declarações diárias, pouco a pouco conheci suas inseguranças, seus sentimentos. Pouco a pouco fui descobrindo o véu que o cobria, o véu negro da insegurança de entregar sua alma para mim. Na medida em que você se declarava, eu aprendia a lidar com meu sentimento e estava cada vez mais próxima de entender que era amor o que eu sentia por você.  

E assim passou 1 ano. Eu sabia que você me amava e você não sabia o que eu sentia por você, até porque na verdade nem eu sabia. Era forte demais para eu compreender assim tão fácil. Eu estava com 14 anos e você com 19. Éramos tão jovens que tivemos que lidar com muitas coisas novas juntos, muitos sentimentos até então estranhos: saudade, ciúme, dor, solidão e o mais estranho de todos - o amor. 


Quando eu completei 15 anos, numa tarde chuvosa e fria, você me pediu em namoro. Já estava claro para mim que não daria mais para viver sem você. Estávamos em baixo das nossas árvores - lugar que costumávamos nos encontrar todas as tardes de domingo. As gotas de chuva deslizavam suavemente das folhas e atingiam nossas vestes, ainda lembro do cheiro da chuva naquele ambiente e você, molhado e tremendo de frio, pedindo-me para estar ao seu lado. A minha resposta foi um feliz "sim" acompanhado de um beijo quente que nos encheu de vida.

A partir de então, trocamos muitas cartas, cadernos inteiros escritos à mão, verdadeiros diários para compensar os dias que não nos víamos. A saudade era cada dia maior, o desejo de estar perto para fazer novas descobertas, já que esse novo mundo se mostrava para nós tão intensamente cheio de surpresas e experiências para conhecer. 



Vivemos muito. 
Vivemos juntos.

Nossa vida foi construída e regada com muita música e poesia, lembro-me das manhãs na escola de música, nos ensaios da  nossa banda que sempre significou tanto para nós. Também lembro-me das tardes de filosofia: você me ensinando tantas coisas sobre tudo. Sobre o mundo. Fui aprendendo a ser eu... E hoje é engraçado lembrar disso porque agora faz muito sentido o fato de você me conhecer até mais que eu mesma!

E eu te amava cada vez mais: amava sua imagem me esperando na rua escura, amava seu cabelo crescendo a cada dia, amava imensamente seus olhos pacíficos, amava sua falta de jeito ao me entregar um presente de aniversário ou de namoro, amava ouvir sua voz ao telefone em todas as madrugadas, amava sair da escola e voltar para casa ao seu lado, amava simplesmente caminhar e jogar conversa fora, amava aquele aperto de mão que só você sabe fazer, amava as minhas lembanças, amava seu nome e amava muito você. 

E todo esse amor apenas cresceu, hoje temos tantas histórias juntos que jamais eu conseguiria contá-las aqui; mas tenha certeza de que eu lembro de cada momento que passei ao seu lado e cada palavra que já pronunciou para mim está gravada em minha memória. 


Hoje completamos 7 anos juntos. 
E isso é apenas o começo. 

Eu te amo, Alberth Moreira. 


6 de mai. de 2011

Quinta

 Não entendo muitas coisas, principalmente quando essas coisas envolvem outras que a metade das pessoas do mundo também não entendem e a outra metade acha que entende algo, mas na verdade também não sabe de nada. 

 Não entendo, por exemplo, como alguém pode conviver com a morte de alguém que ama. 
Eu não amava o Brunno, não amava o George, não amava meus dois hamsters e nem a mãe deles. Mas todos eles morreram recentemente e dói pensar em todos. Como será quando eu tiver que enfrentar isso tudo de verdade? Não entendo....

Certa vez, disse Clarice Lispector

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."


#Dica Desconexa: Assistam 'O fabuloso destino de Amelie Poulain.'

29 de abr. de 2011

Poema Natura




A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O início é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.

A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.

Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.

A rotina do caminho é a direção.
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem sua beleza.



28 de abr. de 2011

A invenção da mentira

Existe um filme chamado 'The Invention of Lying' ou, na equivocada tradução para o português, 'O primeiro mentiroso' que descreve a vida de Mark, um homem comum inserido numa sociedade em que as pessoas não mentem, ou seja, são sinceras todo tempo e dizem o que realmente pensam, sem rodeios ou omissões – o que seria um desastre de proporções catastróficas em nossa sociedade.


Entretanto, a vida de Mark irá mudar quando ele, inesperadamente, conta a primeira mentira da história. Isso acontece porque ele chega ao cume de suas aflições e, desesperado, não vê saida para seus problemas de dívidas, depressão e solidão. A invenção da mentira acontece no banco, quando a atendente lhe pergunta quanto ele quer sacar. É neste momento que sua mente processa aquela que seria a primeira mentira já contada. Mark arrisca um valor muito superior àquele que possui, e como a funcionária - assim como todos no filme - não conhece a desconfiança, lhe entrega o dinheiro.

A partir daí, sucedem infindáveis acontecimentos cômicos com o uso da mentira, culminando com a invenção da maior mentira de todas, a que envolveu o mundo inteiro: a existência de 'um homem no céu' que controla a todos e os julga bons ou maus, dependendo de seus comportamentos. Isso aconteceu porque a mãe idosa de Mark estava morrendo e ele, na tentativa de acalmá-la, resolve dizer que não há motivos para temer a morte, pois depois do momento de dor todos ganham uma outra vida, melhor e sem sofrimento, eterna e pacífica. Assim como nós cristãos acreditamos, mas com uma pitada de comédia pela própria carga a que o filme se propõe.

Em suma, é um filme filosoficamente divertido. Destinado a todas as idades e mentalidades - se é que me entendem!

Boa sexta-feira a todos!

P.S.: Acho que estou com dengue.
P.S.2.: Não sei como isso aconteceu, mas me indicaram ao prêmio Top Blog. Acho esse nome particularmente ridículo, mas é um evento importante no meio internético; logo, não darei uma de enjoada e ficarei apenas contente em estar participando!

26 de abr. de 2011

A beleza





As pessoas buscam a beleza, percorrem ideais estéticos inalcançáveis e sacrificam prazeres diversos a fim de estarem de acordo com um molde socialmente admirável. Entretanto, esquecem que a beleza não parte de fora, mas do íntimo, da natureza do ser. A beleza, então, é um ideal mutável - não no ponto de vista das alterações culturais, como a moda - mas sim no quesito da sua ampla adaptação aos mais diversos entendimentos.

Desta forma, o meu entendimento de beleza pode e, arrisco-me dizer, deve ser diferente do seu entendimento. Falo que deve ser diferente, pois o mundo e todas as coisas que nele se encontram têm suas belezas distintas e, se todos acharem bonitas as mesmas coisas que eu acho, as demais acabarão por ficar, de certa forma, esquecidas. É necessário, então, que cada um lance seu olhar sobre o mundo e encontre nele o que acha belo. 

Para finalizar, eis aqui uma pequena demonstração da minha idéia de beleza:

Uma pálida luz ao fim da tarde, tristes versos recitados pela amada, suave melodia, chuva cálida, sorriso simples, olhar sincero, faces coradas, mãos atadas, mar revolto, céu pacífico, violino a cantar, bailarina a dançar, ironia, sinceridade....amor.



                                     Em suma, creio que beleza e amor são sinônimos, 
pois tudo que é belo encontra sua plenitude no amor.


24 de abr. de 2011

Metalinguagem


Feriado

Olá

Feriado de páscoa é legal, exceto por mamãe ficar insistindo para eu ir à missa, no mais eu sempre gosto dos chocolates que ganho e do tempo a mais que passo com Alberth. 

Ah...fiz uma tatoo. rsrsrs brincadeirinha.


16 de abr. de 2011

Mistério no ar....



Estou ocupada com negócios clandestinos, planos maquiavélicos, articulações secretas e contrabando de histórias suspeitas para blogs ainda mais suspeitos.

Adoraria deixar aqui o link do blog que estou escrevendo ultimamente, mas receio que seu conteúdo não seja para todos. No mais, um fim de semana misterioso para todos.

Até!!

9 de abr. de 2011

Dica: 72 horas

"Passamos muito tempo tentando organizar o mundo: criamos relógios, calendários e tentamos prever o clima. Mas que parte da nossa vida está realmente sob nosso controle?"
- John Brennan -




72 horas - Um filme sobre a guerra entre um homem que tenta provar a inocência da sua esposa e as convenções burocráticas do sistema criminal dos Estados Unidos.

Neste longa, a esposa de John Brennan (Russell Crowe) é acusada de matar sua chefe, como é de praxe, todas as provas estavam contra ela; entretanto, John se nega a acreditar em tal fato. Em contraposição ao que ele acredita, a justiça declara que sua esposa é culpada e a submete a uma pena de 20 anos em regime fechado.

Para maior desespero de John e de sua esposa Lara, o filho de 6 anos do casal passa a ter problemas na escola e em sociabilidade com outras crianças.

Neste ponto, John vê sua antiga vida perfeita se desmoronando na frente de seus olhos e após três anos de recursos judiciais mal-sucedidos, ele percebe que a única maneira de ter sua esposa de volta é tirando-a da prisão, tarefa nada fácil visto que o sistema criminal de Pittsburgh - cidade americana onde moram - é um dos mais seguros do país. Entretanto, John estuda minuciosamente cada parte do seu plano arriscado com um único objetivo em mente: reestruturar sua família. 




Este é um bom filme para refletir sobre a nossa vida pessoal sendo manipulada pela vida do Estado; suas leis e convenções nos prendem em uma jaula de medo, pois ao mesmo tempo em que nos protegem, nos ameaçam. 


Digo isto porque passou-se a acreditar em evidências criminais e não na palavra das pessoas. Ora, evidências podem ser forjadas e a palavra, supremacia do homem, deveria ser o único referencial para uma vida social saudável. 


Logo, a invenção da mentira nos tirou da zona de conforto. Nem o Estado nos protege, nem nós mesmos, pois ambos podem mentir. 
O que, então, nos protege? O que não mente?

Pensem nisto e bom fim de semana!

6 de abr. de 2011

Um pouco sobre felicidade - por Gildson Jr.

         O que é preciso para ser feliz? Ter muito dinheiro? Um bom carro na garagem? Fazer muitas viagens pra lugares paradisíacos? Pode ser que sim e muito provavelmente essas coisas cooperam para fazer alguém feliz. Mas o que falar sobre aqueles que não possuem meios financeiros de obter tais benefícios? Serão esses considerados infelizes? Claro que não, afinal, não nos faltam exemplos de pessoas humildes que são consideradas (e principalmente, se consideram) felizes. Então, de onde provém a verdadeira felicidade?

         Acredito eu, que a verdadeira felicidade vem principalmente da própria pessoa. Não que ela brote espontaneamente sem mais nem porque do interior da pessoa, mas se origina como resultado de um referencial feito pela própria pessoa sobre aquilo que é ou não prioridade em sua vida. Como diz uma velha frase: "A gente se entristece pelo pouco que falta em vez de se alegrar com o muito que tem".

         Claro que a vida de ninguém é um mar de rosas, sempre há aqueles que por algum motivo acham que ela poderia ser melhor, seja por não ter dinheiro pra ir em um show que era de seu interesse ou por um fora que levou de alguém que muito se gostava, porém (e isso já é de praxe) tudo tem seu lado positivo e, caso não haja, saiba que existem outras coisas que podem nos fazer rever essa situação tão incômoda que é estar triste ou sentir falta de algo ou alguém.

      Por muitas vezes, muitas e muitas pessoas vivem em situações de extrema pobreza ou enfrentam sucessivas perdas que abalam sua auto-estima, no entanto não se abalam e sempre buscam em suas vidas outros fatores que lhe façam encontrar felicidade para seguir a diante, nem que esse motivo seja o simples fato de estar vivo, o que convenhamos já um bom motivo para alegrar-se. 


 
Gildson Júnior

28 de mar. de 2011

Segunda-feira

Um tempo atrás assisti a um filme chamado "A caixa". Nele, um casal em dívidas recebe uma estranha caixa contendo um botão e paralelamente uma proposta: Apertando o botão, o casal ganhará 1 milhão de dólares; entretanto, uma pessoa (que eles não conhecem) em qualquer parte do mundo, morrerá.

Passa-se, então, uma corrida contra o tempo e a dúvida inevitável entre apertar e receber a solução de seus problemas ou não apertar e não ter que sacrificar alguém.

Apesar de meus dedos estarem formigando neste momento para eu contar mais sobre o filme, não o farei. Simplesmente porque quero muito que você o assista, independepende de quem esteja lendo este post, pois acredito que o conhecimento deve ser disseminado e irão adquiri-lo melhor assistindo ao filme e não neste curto post.

Entretanto, é necessário dizer que eles apertarão o botão, escolhendo o seu bem pessoal ao bem da maioria. É claro que a maioria aqui está representada pela vida de uma pessoa que morrerá após a escolha de apertar o botão. Não é maioria absoluta, mas no contexto filosófico do filme, esta vida representa a vida de toda uma sociedade que espera passivamente para morrer ao toque de um botão.


No entanto, se o casal do filme conhecesse a filosofia de Platão, logo saberiam que fizeram a pior escolha da vida deles - como puderam constatar na experiência mais tarde. 

Platão diz que o homem justo e bom é aquele que escolhe o bem da maioria mesmo que isto implique em sacrificar seu bem pessoal; pois caso contrário, o injusto (você, no caso) estaria fadado às ruinas, a uma vida sem virtudes. 

E foi este conhecimento que faltou aos protagonistas. Mas não poderá, necessariamente, faltar a você também.

Pense Nisto e boa semana a todos!!

Por favor. Apenas ouça.

24 de mar. de 2011

Justin Bieber, corra pra delegacia da mulher, sua linda!




Quinta-feira e Sempre


Meus devaneios, no momento em que os vejo, são apenas devaneios. Talvez por isso a idéia da morte me atormenta, lembrando-me o quão dependente sou. 
Entretanto, conhecer minha dependência me dá asas; e eu as uso para voar feliz ao seu encontro, pois não há lugar no mundo em que eu queira estar se não ao seu lado, segurando a sua mão e sabendo que a minha alma é apaixonadamente sua.


Eu te amo, Alberth Moreira. 





20 de mar. de 2011

Sábado: Irmãos de sangue.


Acabo de assistir a um filme chamado "Irmãos de Sangue". A princípio, imaginei que seria mais um filme que um mesmo cara interpretasse dois papéis e que, no final, todos ficariam admirados com sua maravilhosa atuação. Claro que a atuação é realmente muito boa e, se não fosse tamanho profissionalismo por parte do elenco, o filme não me motivasse a escrever esta análise. Entretanto, o filme vai muito além. Para começar, algo que me surpreendeu foi a sinopse que encontrei na net sobre o mesmo. Sinopse não era para dar uma prévia do filme de modo que fizesse com que os leitores se tornassem futuros espectadores do filme em questão? Desta forma, no mínimo a sinopse deveria falar de como o filme é e não resumir superficialmente e preguiçosamente em algumas linhas um filme que merece uma página inteira a seu respeito. Infelizmente, devo avisá-los de que minha proposta com este texto não é reescrever a sinopse, mas sim analisar filosoficamente o filme, ou seja, se você não assistiu ao filme e não tem intenção de assisti-lo, não acho que seja muito válido continuar a leitura, mas eu o indico a todos, sobretudo aos meus companheiros acadêmicos de filosofia na Federal do Maranhão.

Sem mais delongas, analisem por si mesmos a pseudo-sinopse que encontrei na net:


"Bill e Brady Kincaid (Edward Norton) são gêmeos idênticos, mas levam vidas bem diferentes. Um deles é professor de filosofia, enquanto que o outro é traficante de drogas. Quando o professor é confundido com seu irmão, ele passa a ser perseguido por vários clãs do narcotráfico, que desejam vê-lo morto." Retirado do AmoCinema.com

 Edward Norton
 
O AmoCinema.com classificou o filme como Drama e outro site pesquisado o classificou, vergonhosamente, como comédia policial. É claro que discordo das duas classificações, pois apesar de o filme ter uma pitada de drama, não é o seu foco. Desta maneira, me permito sair das regras de classificação de gênero para filmes e inventar um gênero novo, chamado "disfarçadamente filosófico". A seguir explicarei o porquê.


O filme inicia com o professor de filosofia (Bill) explicando à sua classe - muito interessada, por sinal- uma obra de Platão. Obra esta que qualquer calouro de filosofia já estudou na vida, portanto, é acessível e de moderada compreensão. A obra escolhida para iniciar o filme foi "O banquete", obra sobre o amor e, sobretudo, sobre a paixão. Não apenas a paixão romântica, mas sim a paixão arbitrária que exercemos sobre a vida e, por conseguinte, o desequilíbrio que recebemos por possuí-la.

A questão inicial que devemos fazer neste ponto é: Por que Tim Blake Nelson (autor do filme) escolheu esta obra para ponto de partida de todo o seu filme. Será que foi apenas uma forma de mostrar que seu protagosnista é professor de filosofia e, portanto, leciona sobre obras filosóficas ou será que existem motivações escondidas nesta escolha?

Continuei assistindo ao filme com este questionamento na cabeça e, ao passo que as tramas iriam se desenrolando, pude notar que não haveria obra filosófica mais apropriada para iniciar este filme senão O Banquete, pelo simples fato de que o filme inteiro é uma louca releitura da obra. Contudo, como eu disse no início, é um filme disfarçadamente filosófico, ou seja, suas discussões e polêmicas implícitas fazem com que o público alvo do filme não seja tão direcionado, de forma que se agrade dele todos os tipos de pessoas, com seus mais variados níveis de saber.

Durante sua aula, o professor Bill explica como aconteceu O Banquete, cita Alcibíades e sobre a paixão que este sentia por Sócrates. Fala também que Alcibíades era rico e até certo ponto bonito, ao passo que Sócrates era desprovido de maiores bens naturais e materiais. Como é explicitado, a maior fortuna de Sócrates era sua sabedoria e, portanto, todos queriam estar próximo dele para que se abastacessem da mesma. Contudo, esta paixão não correspondida tirava de Alcibíades todo o seu equilíbrio vital e, neste ponto, não mais interessavam os bens materiais e sua beleza natural. Por isto, o equilíbrio é o ponto chave deste filme.

Não é retratada em primeiro plano a paixão romântica, mas duas paixões distintas que levam ambos os portadores ao desequilíbrio inevitável. A primeira paixão retratada é a do professor pela sua vida acadêmica bem sucedida, paixão esta que culmina na perda de tudo que ele lutou e estudou para conseguir. Não a perda forçada mas a perda por escolha, pois o próprio professor percebeu ao final do filme que tudo aquilo que ele considerou correto para si era, na verdade, errado. O equilíbrio que ele pensou ter encontrado não era equilíbrio, mas sim a busca por ele. Entretanto, quando se busca o quilíbrio, se permanece no desequilíbrio até achá-lo. E assim o professor entendeu que seus valores estavam invertidos.

A segunda paixão retratada é a do traficante (Brady) pela vida livre. Desprovido de quaisquer regras ou doutrinas, Brady cultivava maconha em uma espécie de estufa caseira que ele mesmo projetou. O engraçado é que por mais que Brady fosse "livre" de correntes ortodoxas, ele desenvolveu em sua estufa um revolucionário sistema de plantio que não utilizada nenhum produto senão a água pura. Fato este que o concedeu uma grande quantidade de erva, por conseguinte, chamando a atenção dos demais traficantes do Estado, causando a sua morte mais tarde.

Além desta discussão sobre equilíbrio/desequilíbrio, outro fator que caracteriza o filme como disfarçadamente filosófico são as discussões implícitas em determinadas cenas abaixo citadas:

  • Bill conhece um Judeu no avião. O Judeu pergunta o que Bill faz da vida, este responde que é professor de filosofia clássica, por sua vez, o judeu sorri e diz: "Não é muito útil nos dias de hoje, não é mesmo?" Bill educadamente sorri de volta e replica: "Creio que a humanidade não tenha mudado muito". Ou seja, as discussões são as mesmas por mais que o cenário tenha se alterado.
Esta cena traz à tona toda a antiga discussão do papel da filosofia na sociedade moderna e sobre isto, limito-me a dizer: Se a filosofia não encontra lugar de atuação, nenhuma outra ciência ou estudo encontrará.
  • Um tabu que ronda os estudantes de filosofia é sobre o consumo de drogas e bebidas alcóolicas dos mesmos, retratado no filme da seguinte forma: Brady (traficante) pede que Bill (professor) experimente a erva que ele cultiva. Brady diz que será só uma "tragada", apenas para experimentar e Bill fala: "Eu ganho a vida com a minha mente, prefiro mantê-la limpa" Entretanto, depois de mais insistência do irmão, o professor acaba cedendo. (?)
Imagem acima retrata o momento em que o professor nega experimentar a erva do irmão.

  • Brady pergunta a Bill por que os filósofos limitam-se a escrever sobre os pensamentos de outros filósofos. Por que muito raramente eles escrevem sobre suas próprias teorias. Será que é mais nobre entender o que os clássicos disseram? Falta, neste ponto, descobrir a nobreza que existe em caminhar por um lugar ainda não demarcado. Abro um parênteses para uma discussão que tivemos na semana passada durante uma aula de filosofia antiga. A aluna disse: "Professor, quando imaginamos ter pensado sobre algo novo, descobrimos que outro filósofo já pensou nisto há séculos e até melhor que nós mesmos." O professor replicou: "Isto acontece porque o conhecimento se avolumou, por isso, vocês devem ser mais revolucionários ainda e desafiar a suas mentes a pensar coisas realmente inéditas. E não apenas isto, recriar coisas que já foram pensadas, pois algo antigo não é, necessariamente, algo que não possa ser repensado, mesmo que se chegue à mesma conclusão de antes."
  •  Bill (professor) conhece uma poeta-pescadora. Nota-se que não convencional. Esta claro que neste ponto o autor do filme quis mostrar a aproximação quase romântica entre a filosofia e a poesia. Indiscutivelmente, um belo par. 
Acerca disto, a quem interessar, leiam o texto de Jean Lauand titulado "O Filósofo e o Poeta". Ele diz muito. http://www.hottopos.com/geral/naftalina/poet.htm

Frases dos poucos, mas ricos diálogos entre o filósofo e a poeta:

- "Perfeição: pensamos neste conceito e até sabemos que ela existe, mas nunca poderemos alcançá-la, aí que encontramos Deus."

- "Até a poesia tem suas regras, se todas as pessoas criarem suas regras, como saberemos qual é a certa?"

- "Talvez a verdade esteja na nossa frente e vamos ao encontro dela sem nem ao menos saber que ela está lá"
(PENSE NELAS!!)

Na morte do traficante, o filósofo cita Epicuro quando diz: "É irracional temer a morte, pois quando ela existe, não mais existimos e quando nós existimos, a morte não existe. Por conseguinte, o mais sensato seria temer o nascimento." 

E então este é o fim do filme, o traficante morre, o filósofo ironicamente quase morre também, mas é salvo por um amigo do seu irmão e no fim, deixa-nos o último apelo filosófico:

 "Tinha medo das chuvas de verão e as estudei. Mesmo assim, ainda tenho medo delas." Entretanto, a última cena do filme é a poeta segurando a mão do filósofo, sentados num jardim enquanto chove sobre suas cabeças.


 FIM!






18 de nov. de 2011

Sonho presente

Eu já estava acordada há tempo suficiente para meus sentidos despertarem por completo. O sol não estava mais ameno e o frescor da manhã se dissipara completamente. Foi quando lembrei do sonho da noite anterior.
Você estava ao meu lado, no alto de uma torre, tranquilo como se tivesse domínio sobre o mundo inteiro. Sentíamos a brisa suave acariciar nosso rosto, o seu cheiro perfumar o ambiente e ao longe, o barulho da chuva que se formava. Foi quando você tomou a minha mão e a colocou gentilmente sobre seus olhos, dizendo: 
"Por aqui vejo o mundo". 
Senti meu coração disparar com o toque da sua pele e prendi a respiração quando você tomou novamente a minha mão e a colocou sobre seu peito, dizendo: 
"E por aqui vejo você."
Nessa hora as densas nuvens se desmancharam em chuva e o meu coração acompanhou cada gota precipitar-se ao solo. Como uma ópera que desliza calmamente nota por nota até encontrar-se com o silêncio, eu deslizei para seu colo feito uma criança. Feliz por estar com você. 



27 de out. de 2011

Meus ingredientes para a felicidade

Meus ingredientes para a felicidade: Liberdade, Força e Amor.

Liberdade porque com ela posso respirar ares dos quais jamais respiraria se não fosse livre, porque posso andar solitária pelas ruas do mundo; mas também posso ter ao meu lado pessoas igualmente livres para que andem comigo por um trecho do caminho ou por toda a minha vida. Posso buscar conhecimento, provar sabores, cativar e deixar que me cativem, abrir os olhos ao mundo sem receio de cegá-los, tocar as flores e sentir seu aroma sem necessitar arrancá-las, posso ter menos e SER mais, descobrir quem sou, sorrir com facilidade -chorar também- posso viver intensamente. 
No entanto, preciso também de Força para não sucumbir aos apelos da arrogância, do desprezo, da futilidade  e das mentiras. Se um dia eu perder a força, perderia tudo.
Por fim, preciso de Amor porque é necessário dar sentido a tudo que se faz na vida. O que seria, então, o maior sentido se não aquilo que nos move para todas as direções? 

Isso é tudo que preciso. 

20 de out. de 2011

Análise Filosófica do filme “Duas Faces da Lei” por Pollyana Cascaes



         
            Sinopse: Após 30 anos como parceiros no Departamento de Polícia de Nova York, os condecorados detetives David Fisk (Al Pacino) e Thomas Cowan (Robert De Niro) deveriam estar aposentados, mas não estão. Eles são chamados para investigar o assassinato de um conhecido cafetão, que parece ter ligação com um caso envolvido com eles há alguns anos atrás. Como no crime original a vítima é um criminoso suspeito, cujo corpo foi encontrado junto a um poema que justifica o assassinato. Quando outros crimes do tipo acontecem fica nítido que eles estão às voltas com um serial killer.

            Antes de escrever sobre “Duas faces da lei”, li algumas críticas e notei que a opinião era comum: Bons atores, porém roteiro fraco. Entretanto, os autores dessas críticas não avaliaram o teor filosófico do filme em questão e, deste modo, não perceberam a trama que se formava por trás das cenas e dos diálogos. Trata-se, portanto, de um sutil – porém consistente- questionamento filosófico acerca da justiça. Questões como: ‘O que é a justiça’ e ‘Como é formada e a quem é resguardado o dever de garanti-la’ são perguntas chaves para entender o desenrolar do filme e, em conseqüência, reavaliar nossos conceitos muitas vezes petrificados a respeito do que nos envolve.

Desta forma, a fim de embasar teoricamente a minha análise de “Duas faces da lei”, busco auxílio em um autor clássico da filosofia, Voltaire, que em 1764 lança o primeiro “livro de bolso” da história, cuja finalidade era incentivar a leitura das massas. Propositalmente, o livro era um dicionário filosófico, em que Voltaire questionava alguns temas pertinentes na época – não surpreendentemente válidos até hoje – tais como o amor, o bem, Deus, Inferno, Guerra, Democracia, Sonhos, Orgulho, Liberdade, Virtude e, é claro, a Moral e a Justiça.  Portanto, diz Voltaire:

             “A moral é uma, vem de Deus; os dogmas são diferentes, vêm de nós”.

            Nesta citação, entende-se “moral” como a capacidade de distinguir o certo do errado, o justo do injusto, o bem do mal e, uma vez feito, a sabedoria de escolher sempre o certo, justo e bom. Mais adiante, no mesmo livro, Voltaire discorda de Le Beau quando o mesmo diz:

“Os cristãos tinham uma moral; mas os pagãos não tinham nenhuma”

Decepcionado, Voltaire replica:         

“Ah! Senhor Le Beau, onde aprendeu essa tolice? Se estais certo, que vem então a ser a moral de Sócrates, de Zaleucos, de Charondas, de Cícero, de Epicteto, de Marco Antônio?

E Voltaire reitera:

“Há somente uma moral, assim como há somente uma geometria. Mas a maioria dos homens ignora a geometria. A moral, entretanto, jamais pode ser ignorada porque esta provém do coração.”

            Agora temos em mãos quatro citações. Ao ler superficialmente a primeira delas, pode-se cair no erro de acreditar de Voltaire defendia a moral Cristã, neste sentido, Le Beau serve como prova de que Voltaire reprova a moral Cristã e, além disso, defende uma moral completamente nova a época: a moral do coração.

            O que seria, então, esta tal moral a que Voltaire se referia? Voltaire não acreditava em conhecimento inato, portanto Deus não “colocou em nós” a capacidade de distinguir o justo do injusto. Voltaire também não aprovava os dogmas, portanto não é possível afirmar que os homens conhecem a moral a partir das leis que os regem. Pelo contrário, Voltaire já “plantava” o pensamento de que os dogmas (religiosos, principalmente) aprisionavam o homem livre.

            A moral do coração, portanto, é a concepção única do bem que os homens possuem. O saber limpo e esclarecido que rege o pensamento do homem de bem. O discernimento, a luz e, em outras palavras, a procura incessante de todos os filósofos: a razão.

            Mas o que tudo isso tem a ver com “Duas faces da lei”? No filme, um policial que serviu ao Estado de Nova York durante 30 anos, analisa seu histórico na polícia e se depara com 30 anos de uma burocracia legislativa que, por ser tão falha e corruptível, pune os inocentes e premia os culpados. O Policial percebe, então, que a noção deturpada de justiça acaba passando despercebida por aqueles que acreditam cegamente no poder que o Estado possui de garanti-la. Mas diferente da massa politicamente neutra, o policial David Fisk não acredita mais no Estado e resolve restaurar a justiça por conta própria.

            Ele conta, no filme, como e porque eliminou assassinos, estupradores, cafetões e demais agentes da desordem social; dividindo, assim, a opinião de quem assiste: Será que o fato de estar cumprindo sozinho o papel do Estado o torna herói ou vilão?

            Com a finalidade de responder a esta questão, o próprio filme apresenta dois personagens que, na trama, são essenciais para encaminhar o espectador a uma análise mais aprofundada do questionamento. O primeiro personagem é o próprio David Fisk, o policial justiceiro, que compõe um poema para cada vítima justificando o assassinato da mesma. A exemplo temos a décima vítima, um cafetão violento e viciado em drogas, o poema deixado junto ao seu corpo inerte, dizia:

“Ele negocia o pecado e a carne, o mercador
Ele colhe a fruta no auge do seu frescor
Agora ninguém mais vai espancar suas florais
Seu coração parou, ele não respira mais.”

            Este poema e mais treze escritos pelo policial, cada um dedicado a uma vítima, demonstram um comportamento pacífico em relação aos seus “crimes”. Essa afirmativa é assegurada pelo segundo personagem importante da trama, Hingus, um psicólogo que analisa o comportamento do policial em sua totalidade, chegando à conclusão que o mesmo não possui nenhum tipo de anormalidade psíquica. Em outras palavras, o policial era inteiramente são e em nenhum momento saiu do seu equilíbrio normal, nem quando cometeu os 14 assassinatos. Portanto, fica claro que não existiu outra finalidade se não o “nobre” desígnio de fazer justiça com as próprias mãos; mãos estas que, diga-se de passagem, estavam calejadas de trabalhar em prol de uma justiça inescrupulosa e ineficiente.

            A justiça é, portanto, trabalho dos bons, dos justos. Raramente uma decisão do justo é contestada, se isso acontecer (como foi proposta nesta análise), se faz necessário entender muito além do que a própria decisão implica, cada caso em seu caso, cada pessoa em sua situação. Mas antes de qualquer conclusão, existem os questionamentos, assim como em todo fluxo, existe seu refluxo e em toda síntese, existe antes uma antítese.

            Como pensadores, não devemos permitir que conceitos sejam petrificados em nossa consciência sem antes colocá-los em dúvida. A questão da justiça abordada no filme serve como exemplo de conceitos que aceitamos com facilidade por parecerem os mais corretos e, estupidamente, criamos uma barreira que limita nosso filosofar.

            Desta forma, encerro a análise citando Harold L. Klawans, que diz:

Aceitamos muitos conceitos porque eles parecem ser as respostas lógicas às nossas questões. Mas será que fizemos as questões certas?”

           
           

                        

21 de set. de 2011

SEETE

Às vezes, um dia inteiro se resume a uma frase. Naquele dia, saltou aos meus olhos a seguinte: 

"Sempre espere que eu te entenda"


E assim está sendo desde sempre até hoje. 

7 de ago. de 2011

É triste sentar-se e ver a vida passar, dar-se conta de que todos escoam pelos dedos das mãos que respondem ao tempo sempre "sim", mas recebem da vida sempre um "não"

27 de jul. de 2011

Não me permito ficar triste, mas a permissão não vem sempre de dentro de mim. Às vezes, queria continuar longe, sonhando, tangenciando a realidade; entretanto, outrora, pergunto-me o que é -de fato - a minha realidade. Será o sonho? Será o ódio? Será a doçura? Não sei.

Tu sabes? 

22 de jul. de 2011

8/11

Oi, querido. Sei que vc pediu para eu não escrever mais os posts e descansar, mas prometo que esse é o último. Sem falar que não vou pegar nenhuma citação de nenhum livro. Pelo contrário, quero apenas dizer que te amo muito, que estou sentindo muita saudade e que não sei como vou fazer para suportar a sua falta. Vc saiu há 1h daqui e já estou me mordendo de saudade, imagine só... 

Querido, manterei minha promessa de ficar feliz e vc mantenha a sua tambem. Quando eu voltar, vamos matar a saudade do nosso jeito de ser.

Eu te amo muito sempre e tanto. Estou chegando, só mais um pouco ^^ 

"DE TUDO, A MEU AMOR SEREI ATENTA ANTES"

TE AMO. 

21 de jul. de 2011

7/11 - Essa calça é azul, afinal. ^^

Oi, amor. Hoje é quinta, dia 21.... Fico me perguntando o que eu farei para amenizar a saudade que sentirei de você enquanto estiver longe. Não que os posts que estou fazendo irão te deixar bem, mas ao menos eles são mais uma forma de me comunicar com você, me manter perto.

Sabe...eu acho que vou pedir para usarmos mensagens também, além das ligações. Porque eu gosto de ler o que você escreve, além de poder ler a hora que eu quiser. Seria bom também se a parte de mídia do meu cel. tivesse funcionando, pois aí eu tirava uma foto lá e te enviava na mesma hora :)

Tava pensando em uma terceira coisa...

Desde que nos conhecemos, nunca ficamos tantos dias sem nos ver. O máximo foi 8 dias, agora serão 11 :O
De qualquer forma, quando a viagem acabar estaremos juntos como sempre. ^^

P.S.: Estou com saudade de dançar também:


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O livro de hoje é.....

"Praticamente inofensiva - Douglas Addams"


OBS.: Abri o livro numa página qualquer, como tenho feito desde o começo e então - para minha surpresa - encontro uma antiga carta sua. Como é costume seu, não está datada, mas sei que é antiga pois tô espirrando até agora por causa dela. rs

"Vou passeando sobre o vento, pisando em pensamentos que certamente me levarão até você, cantando poesias que me apontarão o caminho certo para meu encontro com você, anjo meu.
Vou em dias frios resgatá-la da sombra de sua casa e trazê-la para fora, para a chuva. Você é tão linda sorrindo e completamente ensopada.
Já sei o caminho a seguir para longe de tudo, só falta você sair correndo e me encontrar aqui e ali, lá longe e bem aqui pertinho, pois enquanto quiser me encontrar, estarei em toda parte.
Suave como um dedilhado em cordas de violão, caminho perdido pela casa. Suave como o vento e silencioso como a noite sou eu longe de ti.
Anjo de infinitos desejos que só pertence a mais poderosa das sortes. De linda e esplêndida leveza vejo seus passos ao meu encontro. Anjo perfeito e maravilhoso, seus beijos me fornecem a vida e para mim só vale a pena viver na proximidade dos teus beijos.
Te amo de forma redundante, de forma que nem sei explicar, mas quando ouvir de mim que te amo, acredite, pois te amo te amo te amo. "

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*-* Precisa dizer mais alguma coisa?? Eu também te amo e sou realmente um anjo de sorte, por ter encontrado você. Não tenho medo de ser clichê, apenas esqueça o mundo e vamos viver juntos para sempre.

Obrigada, "Praticamente Inofensiva", pela sua contribuição de hoje! hehe

Te amo

20 de jul. de 2011

6/11



(O livro de hoje tem a ver com a imagem)

Olá, querido. Hoje acordei cedinho apesar do dia de ontem ter sido exaustivo. Vim fazer a sexta postagem antes de lavar as roupas da viagem. 

Bom...a cada dia que passa se aproxima a minha ida p/ BH, mas fico feliz por você não estar triste com isso. Quero que saiba que eu vou tomar/estou tomando todas as minuciosas precauções que você recomendou. Eu te amo e voltarei sã e salva para vc. ^^

O livro de hoje é.....

"A hora da estrela - Clarice Lispector"

..."Pareciam por demais irmãos, coisa que não dá para casar. Mas eu não sei se eles sabiam disso. Casariam ou não? Eu ainda não sei, só sei que eram de algum modo inocentes e pouca sombra faziam no chão".

Reiterando....

..."Pareciam por demais irmãos, coisa que não dá para casar. Mas eu não sei se eles sabiam disso porque o amor que sentiam um pelo outro os fazia tão iguais, mas não é igual de irmão, mas sim de almas que nasceram juntas e morreriam juntas. Casar ou não era uma questão judicial porque almas assim nascem casadas. O que o futuro lhes reservada? Eu ainda não sei, só sei que eram de algum modo inocentes e pouca sombra faziam no chão"

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Não saiu da imaginação de Clarice Lispector, mas achei melhor mudar porque nossa história é mais bonita que a estória do livro.  ^^

Querido, aguarde só mais uns dias e logo estarei nos seus braços. Te amo Te amo Te amo

19 de jul. de 2011

5/11

Hoje é terça-feira e eu acabei de contar para vc que estou fazendo as postagens programadas... Vc gostou muito, mas eu deveria fazer uma surpresa....

Você tbm é bilrifol ^^ E eu love you. kkk

Cronograma do evento, amor:


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O livro de hoje é.......... O enígma de Iracema:

"Sua passagem de volta foi remarcada para hoje à tarde. Estejam no aeroporto para o check-in às 14h. Embarcarão às 15h. Se não obedecerem, ou se avisarem a polícia, elas não voltarão nem hoje nem nunca."

Já pensou, amor? O.o que meda. kkkkk

To brincando. Deixa eu explicar uma coisa, eu escolhi 11 livros aleatórios e to tirando as passagens aleatoriamente também....Eu abro o livro numa página qualquer e procuro algo que se relacione a nós...Para você ver que é muito fácil encontrar coisas que se relacionem a nós ^^

Te amo, love of my life!


Horas Mortas - Salvador Dali

*TE AMOOOO*

18 de jul. de 2011

4/11 - Segunda - Dia 18/07

Olá, amor.

Hoje é oficialmente o segundo dia de evento. Não dá para falar exatamente o que estou sentindo porque eu to sentada na cadeira da copa da minha casa e você está no trabalho. Nos vimos ontem e nos veremos amanhã, então estou com saudade, mas não se compara a saudade que provavelmente sentirei quando você estiver lendo isso. Querido, espero que você saiba a todo momento que eu te amo, que meu desejo é estar com você e que você é tudo para mim, é a pessoa mais importante que eu tenho. Estaremos sempre juntos e esses dias irão passar bem rapidinho, você vai ver.

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O livro de hoje é Desventuras em Série: A sala dos Répteis. (Livro 2)

Tio Monty fala para os órfãos:

"Depois de terem morado tanto tempo na cidade, acho que o campo vai ser uma mudança agradável para vocês."

Eu separei essa frase porque podemos encarar a minha visita a Belo Horizonte como uma prévia do lugar onde poderemos morar mais tarde...Quem sabe eu goste tanto que queiramos nos mudar pra cá?? ^^

P.S.: A Mafalda tá triste, mas eu não to. Eu te amo.

17 de jul. de 2011

3/11 - Dia 17/7 - Domingo

 Normalmente estaríamos lá em casa comendo PollyWich com Cola-Cola.... Que vontade, deu até fome agora. 

Hoje chego ou já cheguei em BH, estamos oficialmente longe pra carambolas. Queria que estivesse assim:




kkkkkkkkk....desconfortável, né?
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O livro de hoje é......AS CRÔNICAS DE NÁRNIA!

Fiquei muito feliz quando abri o livro em qualquer página e caiu neste poema aqui:


"Onde o céu e o mar se encontram
Onde as ondas se adoçam                                                                                                                 Não duvide, Ripchip,



Que no Leste absoluto está
Tudo o que procura encontrar"


Acho que nem precisa dizer mais nada, né? Te amo ^^ ^^ ^^ 


16 de jul. de 2011

2/11 - Sábado dia 16/07





Hoje é o meu segundo dia de viagem, amanhã estaremos chegando em Belo Horizonte. Deve estar frio e meu pensamento não sai de você. 

Provavelmente eu to pensando em coisas como: "Ainda dá tempo de voltar pro MA" ou "É só pegar um ônibus e descer na rodoviária, depois pegar cohatrac rodoviária e descer em casa!"..... rs rs Eu sei que vc está me achando irresponsável agora por sequer pensar nessa hipótese. Mas eu te amo mesmo assim ^^

O livro de hoje é "Os contos de Beedle, o Bardo"

Como vc sabe, esse livro é uma coleção de contos mágicos e um desses contos chama-se "A fonte da Sorte". Tem uma frase nesse conto que diz assim: "Paguem-me a prova de suas dores", fiquei pensando o que poderia ser a prova das dores de alguém....Se for dor física, pode ser uma ferida, uma cicatriz ou qualquer coisa relacionada ao corpo...Mas como provar uma dor emocional?

Não quero dizer que estou triste ou sentindo alguma dor nesse momento e nem quero entrar na parte filosófica da questão; mas se você analisar no nosso caso, a prova das dores que já suportamos é o nosso próprio amor, porque foi em nome dele que nós lutamos e é por ele que nós estamos aqui, 7 anos depois, juntos e a cada dia mais apaixonados um pelo outro. 

Quando nós viajamos pro Rio, sorte nossa que fomos e voltamos juntos, nós passamos por muitas dores, principalmente a dor de ficar um tempo longe numa cidade desconhecida...Mas nós suportamos, crescemos com isso e hoje só restam lembranças boas de lá...E essa viagem que estou fazendo agora, apesar de estarmos fisicamente separados, tenho plena certeza de que a todo instante você está pensando em mim assim como a todo instante penso em você. Desejo seu toque, desejo seu cheio, desejo sua voz, desejo sua imagem na minha frente, desejo sua pessoa....Mas o que me conforta é saber que tudo que sinto, você tbm sente. Então, vamos aguentar mais um pouquinho só e logo estarei nos seus braços, tá?

EU TE AMO SEMPRE!!!

15 de jul. de 2011

1/11 - Dia 15/07 - Sexta

Olá, amor.

Segundo os meus cálculos, ficarei longe de você 11 dias, então pensei em uma forma de manter você pensando em mim durante esse tempo rsrsrsrs (brincadeirinha)

Lembra de quando fui pra Barreirinhas e programei uma postagem para cada dia que eu estava longe? Vou fazer a mesma coisa aqui, só que dessa vez eu separei 11 livros e de cada um tirei uma frase ou trecho que me fez lembrar de você. 

Portanto, se você quiser, todos os dias poderá vir aqui no blog e ler o que eu escrevi para vc. Legal, né? ^^

Então vamos ao primeiro livro....... than than than than que rufem os tambores....... 

" O mundo de Sofia" - Pág. 320
 Pensamentos de Hilde ao ler sobre Plotino:

"...tudo o que vemos tem um pouco de mistério divino. Podemos ver o brilho desta alguma coisa num girassol ou numa papoula. Percebemos mais ainda desse insondável mistério numa borboleta que pousou num galho, ou num peixinho dourado que nada no aquário. Mas o ponto mais próximo em que nos encontramos com Deus é dentro da nossa própria alma. Só lá é que podemos nos reunir com o grande mistério da vida. De fato, em alguns raros momentos, podemos sentir que somos nós mesmos este mistério divino." 

Esse trecho me lembrou de você porque eu não acho raros os momentos em que me sinto parte do mistério divino, creio que somos anjos de uma asa só e quando encontramos o outro anjo com a nossa outra asa, passamos a ser parte desse mistério divino que, não foi citado, mas tem um nome: amor. E eu fico muito feliz em ter te encontrado ^^

Como hoje é o primeiro dia, provavelmente ainda estou dentro do ônibus lembrando aquele dia que estávamos indo pro shopping Rio Anil e você disse assim:

"Em alguns dias vc vai estar num ônibus de viagem ouvindo esse mesmo barulho (motor do ônibus) e olhando a paisagem pela janela..."

E realmente devo estar. Você só esqueceu de citar que eu estarei com muita saudade de você. 

Então.....até amanhã.

Te amo :)

19 de jun. de 2011

Meu sonho de consumo é....




Dirigir um clássico








De volante fino







Usando um Aviador










Depois dessa, só me resta dizer: BjsMeLiga ;) hahahaha




16 de jun. de 2011

Vacas chinesas modificadas produzem leite humano

Se um dia me disserem que os chineses fabricaram a pedra filosofal, eu acreditarei! Porque olha.....

[Ver link da postagem - http://www.gizmodo.com.br/conteudo/vacas-chinesas-modificadas-produzem-leite-humano/ ]

11 de jun. de 2011

Assistindo o documentário "O mundo sem ninguém". 

5 de jun. de 2011

Glee Project


Baixinho, fora do padrão e inseguro, o brasileiro Matheus Fernandes, 20, poderia ser um dos desajustados alunos do seriado americano "Glee". E está muito perto de conquistar essa chance.

Ele foi selecionado para o reality show "The Glee Project", competição de talentos em que o prêmio principal é um papel na série.

Matheus foi para os Estados Unidos aos 12 anos para consultar especialistas a respeito de sua altura (1,45 m).
"A conclusão foi que não tem nada de errado comigo e que um tratamento com hormônios não adiantaria", diz.
Ele permaneceu no país para terminar os estudos e passou a viver em um universo parecido com o da série.

Como os coralistas do fictício colégio McKinley, ele não estava entre os alunos mais populares da escola. "Eu 
era o menino deixado de lado."

Matheus decidiu, então, focar suas atenções nas artes. "Foi quando eu descobri o quanto a música pode mudar a vida de alguém."

28 de mai. de 2011

Anna Pavlova

"Execute o último compasso bem suave" essas foram as últimas palavras de Pavlova, falecida em 1931 e consagrada por ser o cisne mais gracioso que o ballet "Lago dos cisnes" jamais viu. 


Pavlova sem dúvida é um exemplo de talento aplicado na dedicação à dança: ingressou aos dez anos na escola Russa de ballet e desde então foi lapidada pelos melhores mestres. Na verdade, pode-se dizer também que Pavlova aperfeiçoou seus mestres ao passo que eles a aperfeiçoavam porque, antes de Pavlova, a imagem corporal de uma bailarina clássica eram membros compactos e musculosos para que fossem capazes de executar os movimentos que o ballet exigia. Entretanto, com sua simpatia e graça, ela transformou esse ideal em passado e todos começaram a ingressar numa nova forma de ver a execução do ballet: passos suaves e de energia bem distribuida, de modo que permitisse à bailarina transpor seus sentimentos ao público.

Contudo, muito preocupados com a perfeita execução dos movimentos e não muito interessados em sentimentos, alguns críticos russos reprovaram seus métodos. Felizmente tais críticos não foram a maioria e, surpreendendo a todos, Pavlova logo conquistou uma multidão de fãs que se estendiam muito além da Rússia, inspirando renomadas academias de ballet da França e Alemanha.



Hoje, 80 anos após sua morte, permito-me dizer que seu legado foi conquistado com muito sacrifício, superando todos os obstáculos que poderiam impedi-la de alcançar a perfeição na dança. Porém, Pavlova não apenas superou os obstáculos, como também encontrou força necessária para dançar graciosamente sobre as dificuldades e, como se não bastasse, transmitir sua paixão incondicional pela dança para todas as gerações futuras.

Portanto, como bailarina e como pessoa, só posso dizer: Obrigada por viver, Anna Pavlova. 


22 de mai. de 2011

Carta Solitária


Eu já sei que não consigo cuidar de mim sozinha. O que posso fazer? Quando está perto, não me sinto em perigo nem mesmo quando ele - o perigo- é inevitável.

Hoje sobrevivi a um ataque que investi contra mim mesma, tudo porque quis provar algo desnecessário: aquilo que não nos mata, nos fortalece. Entretanto esqueci da parte que ninguém comenta: o que não nos mata, nos machuca muito antes de sarar e, enfim, fortalecer.

Mas enfim sarou.
Enfim estou mais forte.

Contudo, poder dizer que sou mais forte não me possibilita dizer também mais feliz porque ainda assim, ainda depois de tudo, preciso de você.


7 de mai. de 2011

Breve história de uma vida

Tudo começou numa praça. Neste caso, "tudo" quer dizer a minha vida e as coisas que nela estão contidas: desde o ar que respiro até os pensamentos vagantes que costumo ter. 

Como eu estava dizendo... Tudo começou numa praça. Era uma praça comum, na época pouco mais movimentada do que é hoje, mas ainda a mesma praça. Eu tinha 13 anos e não pensava em namorados, talvez por isso tenha sido tão difícil reconhecer o que eu senti quando você veio em minha direção para falar com amigos seus que, felizmente, também eram amigos meus. 

Ocasionalmente conversamos, ambos com uma sensação quente e estranha na garganta. Eu o abracei como se isso fosse a coisa mais natural do universo - no momento, para mim, era - e na minha cabeça eu estava conhecendo um amigo cujos olhos pacíficos inundavam minha alma de felicidade. Mas você organizou o fato de ter me conhecido muito mais rápido que eu e logo soube que eu era a sua amada. Aquela cuja sombra você procurou por todos os cantos da sua alma até então sombria. Mas nada disso foi, de algum modo, verbalizado. Foram algumas horas de conversa, risos e, apesar da noite parecer calma, algo ali estava acontecendo; alguma coisa bem maior e mais forte que qualquer encontro casual entre amigos. 

A noite mágica acabou e logo pela manhã as perguntas começaram: Será que vou revê-lo? Será que vou estar novamente com aqueles olhos pacíficos? Na noite anterior estava tudo tão perfeito que não nos preocupamos em trocar número de telefone. Parecia que, por mais que fôssemos dormir em lugares diferentes, estaríamos juntos para sempre. E estávamos certos, mesmo assim você se adiantou ao próximo encontro e iniciou uma fase da nossa vida que eu gostaria de chamar de "mistérios por mensagens".

Você queria dizer que me amava, mas teve medo da rejeição e encontrou a forma mais romântica de, pouco a pouco, me contar isso. Tudo começou com mensagens no celular da minha prima. Neste caso, "tudo" refere-se a fase de mistérios. E então tive acesso às mensagens, às declarações diárias, pouco a pouco conheci suas inseguranças, seus sentimentos. Pouco a pouco fui descobrindo o véu que o cobria, o véu negro da insegurança de entregar sua alma para mim. Na medida em que você se declarava, eu aprendia a lidar com meu sentimento e estava cada vez mais próxima de entender que era amor o que eu sentia por você.  

E assim passou 1 ano. Eu sabia que você me amava e você não sabia o que eu sentia por você, até porque na verdade nem eu sabia. Era forte demais para eu compreender assim tão fácil. Eu estava com 14 anos e você com 19. Éramos tão jovens que tivemos que lidar com muitas coisas novas juntos, muitos sentimentos até então estranhos: saudade, ciúme, dor, solidão e o mais estranho de todos - o amor. 


Quando eu completei 15 anos, numa tarde chuvosa e fria, você me pediu em namoro. Já estava claro para mim que não daria mais para viver sem você. Estávamos em baixo das nossas árvores - lugar que costumávamos nos encontrar todas as tardes de domingo. As gotas de chuva deslizavam suavemente das folhas e atingiam nossas vestes, ainda lembro do cheiro da chuva naquele ambiente e você, molhado e tremendo de frio, pedindo-me para estar ao seu lado. A minha resposta foi um feliz "sim" acompanhado de um beijo quente que nos encheu de vida.

A partir de então, trocamos muitas cartas, cadernos inteiros escritos à mão, verdadeiros diários para compensar os dias que não nos víamos. A saudade era cada dia maior, o desejo de estar perto para fazer novas descobertas, já que esse novo mundo se mostrava para nós tão intensamente cheio de surpresas e experiências para conhecer. 



Vivemos muito. 
Vivemos juntos.

Nossa vida foi construída e regada com muita música e poesia, lembro-me das manhãs na escola de música, nos ensaios da  nossa banda que sempre significou tanto para nós. Também lembro-me das tardes de filosofia: você me ensinando tantas coisas sobre tudo. Sobre o mundo. Fui aprendendo a ser eu... E hoje é engraçado lembrar disso porque agora faz muito sentido o fato de você me conhecer até mais que eu mesma!

E eu te amava cada vez mais: amava sua imagem me esperando na rua escura, amava seu cabelo crescendo a cada dia, amava imensamente seus olhos pacíficos, amava sua falta de jeito ao me entregar um presente de aniversário ou de namoro, amava ouvir sua voz ao telefone em todas as madrugadas, amava sair da escola e voltar para casa ao seu lado, amava simplesmente caminhar e jogar conversa fora, amava aquele aperto de mão que só você sabe fazer, amava as minhas lembanças, amava seu nome e amava muito você. 

E todo esse amor apenas cresceu, hoje temos tantas histórias juntos que jamais eu conseguiria contá-las aqui; mas tenha certeza de que eu lembro de cada momento que passei ao seu lado e cada palavra que já pronunciou para mim está gravada em minha memória. 


Hoje completamos 7 anos juntos. 
E isso é apenas o começo. 

Eu te amo, Alberth Moreira. 


6 de mai. de 2011

Quinta

 Não entendo muitas coisas, principalmente quando essas coisas envolvem outras que a metade das pessoas do mundo também não entendem e a outra metade acha que entende algo, mas na verdade também não sabe de nada. 

 Não entendo, por exemplo, como alguém pode conviver com a morte de alguém que ama. 
Eu não amava o Brunno, não amava o George, não amava meus dois hamsters e nem a mãe deles. Mas todos eles morreram recentemente e dói pensar em todos. Como será quando eu tiver que enfrentar isso tudo de verdade? Não entendo....

Certa vez, disse Clarice Lispector

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."


#Dica Desconexa: Assistam 'O fabuloso destino de Amelie Poulain.'

29 de abr. de 2011

Poema Natura




A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O início é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.

A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.

Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.

A rotina do caminho é a direção.
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem sua beleza.



28 de abr. de 2011

A invenção da mentira

Existe um filme chamado 'The Invention of Lying' ou, na equivocada tradução para o português, 'O primeiro mentiroso' que descreve a vida de Mark, um homem comum inserido numa sociedade em que as pessoas não mentem, ou seja, são sinceras todo tempo e dizem o que realmente pensam, sem rodeios ou omissões – o que seria um desastre de proporções catastróficas em nossa sociedade.


Entretanto, a vida de Mark irá mudar quando ele, inesperadamente, conta a primeira mentira da história. Isso acontece porque ele chega ao cume de suas aflições e, desesperado, não vê saida para seus problemas de dívidas, depressão e solidão. A invenção da mentira acontece no banco, quando a atendente lhe pergunta quanto ele quer sacar. É neste momento que sua mente processa aquela que seria a primeira mentira já contada. Mark arrisca um valor muito superior àquele que possui, e como a funcionária - assim como todos no filme - não conhece a desconfiança, lhe entrega o dinheiro.

A partir daí, sucedem infindáveis acontecimentos cômicos com o uso da mentira, culminando com a invenção da maior mentira de todas, a que envolveu o mundo inteiro: a existência de 'um homem no céu' que controla a todos e os julga bons ou maus, dependendo de seus comportamentos. Isso aconteceu porque a mãe idosa de Mark estava morrendo e ele, na tentativa de acalmá-la, resolve dizer que não há motivos para temer a morte, pois depois do momento de dor todos ganham uma outra vida, melhor e sem sofrimento, eterna e pacífica. Assim como nós cristãos acreditamos, mas com uma pitada de comédia pela própria carga a que o filme se propõe.

Em suma, é um filme filosoficamente divertido. Destinado a todas as idades e mentalidades - se é que me entendem!

Boa sexta-feira a todos!

P.S.: Acho que estou com dengue.
P.S.2.: Não sei como isso aconteceu, mas me indicaram ao prêmio Top Blog. Acho esse nome particularmente ridículo, mas é um evento importante no meio internético; logo, não darei uma de enjoada e ficarei apenas contente em estar participando!

26 de abr. de 2011

A beleza





As pessoas buscam a beleza, percorrem ideais estéticos inalcançáveis e sacrificam prazeres diversos a fim de estarem de acordo com um molde socialmente admirável. Entretanto, esquecem que a beleza não parte de fora, mas do íntimo, da natureza do ser. A beleza, então, é um ideal mutável - não no ponto de vista das alterações culturais, como a moda - mas sim no quesito da sua ampla adaptação aos mais diversos entendimentos.

Desta forma, o meu entendimento de beleza pode e, arrisco-me dizer, deve ser diferente do seu entendimento. Falo que deve ser diferente, pois o mundo e todas as coisas que nele se encontram têm suas belezas distintas e, se todos acharem bonitas as mesmas coisas que eu acho, as demais acabarão por ficar, de certa forma, esquecidas. É necessário, então, que cada um lance seu olhar sobre o mundo e encontre nele o que acha belo. 

Para finalizar, eis aqui uma pequena demonstração da minha idéia de beleza:

Uma pálida luz ao fim da tarde, tristes versos recitados pela amada, suave melodia, chuva cálida, sorriso simples, olhar sincero, faces coradas, mãos atadas, mar revolto, céu pacífico, violino a cantar, bailarina a dançar, ironia, sinceridade....amor.



                                     Em suma, creio que beleza e amor são sinônimos, 
pois tudo que é belo encontra sua plenitude no amor.


24 de abr. de 2011

Metalinguagem


Feriado

Olá

Feriado de páscoa é legal, exceto por mamãe ficar insistindo para eu ir à missa, no mais eu sempre gosto dos chocolates que ganho e do tempo a mais que passo com Alberth. 

Ah...fiz uma tatoo. rsrsrs brincadeirinha.


16 de abr. de 2011

Mistério no ar....



Estou ocupada com negócios clandestinos, planos maquiavélicos, articulações secretas e contrabando de histórias suspeitas para blogs ainda mais suspeitos.

Adoraria deixar aqui o link do blog que estou escrevendo ultimamente, mas receio que seu conteúdo não seja para todos. No mais, um fim de semana misterioso para todos.

Até!!

11 de abr. de 2011

9 de abr. de 2011

Dica: 72 horas

"Passamos muito tempo tentando organizar o mundo: criamos relógios, calendários e tentamos prever o clima. Mas que parte da nossa vida está realmente sob nosso controle?"
- John Brennan -




72 horas - Um filme sobre a guerra entre um homem que tenta provar a inocência da sua esposa e as convenções burocráticas do sistema criminal dos Estados Unidos.

Neste longa, a esposa de John Brennan (Russell Crowe) é acusada de matar sua chefe, como é de praxe, todas as provas estavam contra ela; entretanto, John se nega a acreditar em tal fato. Em contraposição ao que ele acredita, a justiça declara que sua esposa é culpada e a submete a uma pena de 20 anos em regime fechado.

Para maior desespero de John e de sua esposa Lara, o filho de 6 anos do casal passa a ter problemas na escola e em sociabilidade com outras crianças.

Neste ponto, John vê sua antiga vida perfeita se desmoronando na frente de seus olhos e após três anos de recursos judiciais mal-sucedidos, ele percebe que a única maneira de ter sua esposa de volta é tirando-a da prisão, tarefa nada fácil visto que o sistema criminal de Pittsburgh - cidade americana onde moram - é um dos mais seguros do país. Entretanto, John estuda minuciosamente cada parte do seu plano arriscado com um único objetivo em mente: reestruturar sua família. 




Este é um bom filme para refletir sobre a nossa vida pessoal sendo manipulada pela vida do Estado; suas leis e convenções nos prendem em uma jaula de medo, pois ao mesmo tempo em que nos protegem, nos ameaçam. 


Digo isto porque passou-se a acreditar em evidências criminais e não na palavra das pessoas. Ora, evidências podem ser forjadas e a palavra, supremacia do homem, deveria ser o único referencial para uma vida social saudável. 


Logo, a invenção da mentira nos tirou da zona de conforto. Nem o Estado nos protege, nem nós mesmos, pois ambos podem mentir. 
O que, então, nos protege? O que não mente?

Pensem nisto e bom fim de semana!

6 de abr. de 2011

Um pouco sobre felicidade - por Gildson Jr.

         O que é preciso para ser feliz? Ter muito dinheiro? Um bom carro na garagem? Fazer muitas viagens pra lugares paradisíacos? Pode ser que sim e muito provavelmente essas coisas cooperam para fazer alguém feliz. Mas o que falar sobre aqueles que não possuem meios financeiros de obter tais benefícios? Serão esses considerados infelizes? Claro que não, afinal, não nos faltam exemplos de pessoas humildes que são consideradas (e principalmente, se consideram) felizes. Então, de onde provém a verdadeira felicidade?

         Acredito eu, que a verdadeira felicidade vem principalmente da própria pessoa. Não que ela brote espontaneamente sem mais nem porque do interior da pessoa, mas se origina como resultado de um referencial feito pela própria pessoa sobre aquilo que é ou não prioridade em sua vida. Como diz uma velha frase: "A gente se entristece pelo pouco que falta em vez de se alegrar com o muito que tem".

         Claro que a vida de ninguém é um mar de rosas, sempre há aqueles que por algum motivo acham que ela poderia ser melhor, seja por não ter dinheiro pra ir em um show que era de seu interesse ou por um fora que levou de alguém que muito se gostava, porém (e isso já é de praxe) tudo tem seu lado positivo e, caso não haja, saiba que existem outras coisas que podem nos fazer rever essa situação tão incômoda que é estar triste ou sentir falta de algo ou alguém.

      Por muitas vezes, muitas e muitas pessoas vivem em situações de extrema pobreza ou enfrentam sucessivas perdas que abalam sua auto-estima, no entanto não se abalam e sempre buscam em suas vidas outros fatores que lhe façam encontrar felicidade para seguir a diante, nem que esse motivo seja o simples fato de estar vivo, o que convenhamos já um bom motivo para alegrar-se. 


 
Gildson Júnior

28 de mar. de 2011

Segunda-feira

Um tempo atrás assisti a um filme chamado "A caixa". Nele, um casal em dívidas recebe uma estranha caixa contendo um botão e paralelamente uma proposta: Apertando o botão, o casal ganhará 1 milhão de dólares; entretanto, uma pessoa (que eles não conhecem) em qualquer parte do mundo, morrerá.

Passa-se, então, uma corrida contra o tempo e a dúvida inevitável entre apertar e receber a solução de seus problemas ou não apertar e não ter que sacrificar alguém.

Apesar de meus dedos estarem formigando neste momento para eu contar mais sobre o filme, não o farei. Simplesmente porque quero muito que você o assista, independepende de quem esteja lendo este post, pois acredito que o conhecimento deve ser disseminado e irão adquiri-lo melhor assistindo ao filme e não neste curto post.

Entretanto, é necessário dizer que eles apertarão o botão, escolhendo o seu bem pessoal ao bem da maioria. É claro que a maioria aqui está representada pela vida de uma pessoa que morrerá após a escolha de apertar o botão. Não é maioria absoluta, mas no contexto filosófico do filme, esta vida representa a vida de toda uma sociedade que espera passivamente para morrer ao toque de um botão.


No entanto, se o casal do filme conhecesse a filosofia de Platão, logo saberiam que fizeram a pior escolha da vida deles - como puderam constatar na experiência mais tarde. 

Platão diz que o homem justo e bom é aquele que escolhe o bem da maioria mesmo que isto implique em sacrificar seu bem pessoal; pois caso contrário, o injusto (você, no caso) estaria fadado às ruinas, a uma vida sem virtudes. 

E foi este conhecimento que faltou aos protagonistas. Mas não poderá, necessariamente, faltar a você também.

Pense Nisto e boa semana a todos!!

Por favor. Apenas ouça.

24 de mar. de 2011

Justin Bieber, corra pra delegacia da mulher, sua linda!




Quinta-feira e Sempre


Meus devaneios, no momento em que os vejo, são apenas devaneios. Talvez por isso a idéia da morte me atormenta, lembrando-me o quão dependente sou. 
Entretanto, conhecer minha dependência me dá asas; e eu as uso para voar feliz ao seu encontro, pois não há lugar no mundo em que eu queira estar se não ao seu lado, segurando a sua mão e sabendo que a minha alma é apaixonadamente sua.


Eu te amo, Alberth Moreira. 





20 de mar. de 2011

Sábado: Irmãos de sangue.


Acabo de assistir a um filme chamado "Irmãos de Sangue". A princípio, imaginei que seria mais um filme que um mesmo cara interpretasse dois papéis e que, no final, todos ficariam admirados com sua maravilhosa atuação. Claro que a atuação é realmente muito boa e, se não fosse tamanho profissionalismo por parte do elenco, o filme não me motivasse a escrever esta análise. Entretanto, o filme vai muito além. Para começar, algo que me surpreendeu foi a sinopse que encontrei na net sobre o mesmo. Sinopse não era para dar uma prévia do filme de modo que fizesse com que os leitores se tornassem futuros espectadores do filme em questão? Desta forma, no mínimo a sinopse deveria falar de como o filme é e não resumir superficialmente e preguiçosamente em algumas linhas um filme que merece uma página inteira a seu respeito. Infelizmente, devo avisá-los de que minha proposta com este texto não é reescrever a sinopse, mas sim analisar filosoficamente o filme, ou seja, se você não assistiu ao filme e não tem intenção de assisti-lo, não acho que seja muito válido continuar a leitura, mas eu o indico a todos, sobretudo aos meus companheiros acadêmicos de filosofia na Federal do Maranhão.

Sem mais delongas, analisem por si mesmos a pseudo-sinopse que encontrei na net:


"Bill e Brady Kincaid (Edward Norton) são gêmeos idênticos, mas levam vidas bem diferentes. Um deles é professor de filosofia, enquanto que o outro é traficante de drogas. Quando o professor é confundido com seu irmão, ele passa a ser perseguido por vários clãs do narcotráfico, que desejam vê-lo morto." Retirado do AmoCinema.com

 Edward Norton
 
O AmoCinema.com classificou o filme como Drama e outro site pesquisado o classificou, vergonhosamente, como comédia policial. É claro que discordo das duas classificações, pois apesar de o filme ter uma pitada de drama, não é o seu foco. Desta maneira, me permito sair das regras de classificação de gênero para filmes e inventar um gênero novo, chamado "disfarçadamente filosófico". A seguir explicarei o porquê.


O filme inicia com o professor de filosofia (Bill) explicando à sua classe - muito interessada, por sinal- uma obra de Platão. Obra esta que qualquer calouro de filosofia já estudou na vida, portanto, é acessível e de moderada compreensão. A obra escolhida para iniciar o filme foi "O banquete", obra sobre o amor e, sobretudo, sobre a paixão. Não apenas a paixão romântica, mas sim a paixão arbitrária que exercemos sobre a vida e, por conseguinte, o desequilíbrio que recebemos por possuí-la.

A questão inicial que devemos fazer neste ponto é: Por que Tim Blake Nelson (autor do filme) escolheu esta obra para ponto de partida de todo o seu filme. Será que foi apenas uma forma de mostrar que seu protagosnista é professor de filosofia e, portanto, leciona sobre obras filosóficas ou será que existem motivações escondidas nesta escolha?

Continuei assistindo ao filme com este questionamento na cabeça e, ao passo que as tramas iriam se desenrolando, pude notar que não haveria obra filosófica mais apropriada para iniciar este filme senão O Banquete, pelo simples fato de que o filme inteiro é uma louca releitura da obra. Contudo, como eu disse no início, é um filme disfarçadamente filosófico, ou seja, suas discussões e polêmicas implícitas fazem com que o público alvo do filme não seja tão direcionado, de forma que se agrade dele todos os tipos de pessoas, com seus mais variados níveis de saber.

Durante sua aula, o professor Bill explica como aconteceu O Banquete, cita Alcibíades e sobre a paixão que este sentia por Sócrates. Fala também que Alcibíades era rico e até certo ponto bonito, ao passo que Sócrates era desprovido de maiores bens naturais e materiais. Como é explicitado, a maior fortuna de Sócrates era sua sabedoria e, portanto, todos queriam estar próximo dele para que se abastacessem da mesma. Contudo, esta paixão não correspondida tirava de Alcibíades todo o seu equilíbrio vital e, neste ponto, não mais interessavam os bens materiais e sua beleza natural. Por isto, o equilíbrio é o ponto chave deste filme.

Não é retratada em primeiro plano a paixão romântica, mas duas paixões distintas que levam ambos os portadores ao desequilíbrio inevitável. A primeira paixão retratada é a do professor pela sua vida acadêmica bem sucedida, paixão esta que culmina na perda de tudo que ele lutou e estudou para conseguir. Não a perda forçada mas a perda por escolha, pois o próprio professor percebeu ao final do filme que tudo aquilo que ele considerou correto para si era, na verdade, errado. O equilíbrio que ele pensou ter encontrado não era equilíbrio, mas sim a busca por ele. Entretanto, quando se busca o quilíbrio, se permanece no desequilíbrio até achá-lo. E assim o professor entendeu que seus valores estavam invertidos.

A segunda paixão retratada é a do traficante (Brady) pela vida livre. Desprovido de quaisquer regras ou doutrinas, Brady cultivava maconha em uma espécie de estufa caseira que ele mesmo projetou. O engraçado é que por mais que Brady fosse "livre" de correntes ortodoxas, ele desenvolveu em sua estufa um revolucionário sistema de plantio que não utilizada nenhum produto senão a água pura. Fato este que o concedeu uma grande quantidade de erva, por conseguinte, chamando a atenção dos demais traficantes do Estado, causando a sua morte mais tarde.

Além desta discussão sobre equilíbrio/desequilíbrio, outro fator que caracteriza o filme como disfarçadamente filosófico são as discussões implícitas em determinadas cenas abaixo citadas:

  • Bill conhece um Judeu no avião. O Judeu pergunta o que Bill faz da vida, este responde que é professor de filosofia clássica, por sua vez, o judeu sorri e diz: "Não é muito útil nos dias de hoje, não é mesmo?" Bill educadamente sorri de volta e replica: "Creio que a humanidade não tenha mudado muito". Ou seja, as discussões são as mesmas por mais que o cenário tenha se alterado.
Esta cena traz à tona toda a antiga discussão do papel da filosofia na sociedade moderna e sobre isto, limito-me a dizer: Se a filosofia não encontra lugar de atuação, nenhuma outra ciência ou estudo encontrará.
  • Um tabu que ronda os estudantes de filosofia é sobre o consumo de drogas e bebidas alcóolicas dos mesmos, retratado no filme da seguinte forma: Brady (traficante) pede que Bill (professor) experimente a erva que ele cultiva. Brady diz que será só uma "tragada", apenas para experimentar e Bill fala: "Eu ganho a vida com a minha mente, prefiro mantê-la limpa" Entretanto, depois de mais insistência do irmão, o professor acaba cedendo. (?)
Imagem acima retrata o momento em que o professor nega experimentar a erva do irmão.

  • Brady pergunta a Bill por que os filósofos limitam-se a escrever sobre os pensamentos de outros filósofos. Por que muito raramente eles escrevem sobre suas próprias teorias. Será que é mais nobre entender o que os clássicos disseram? Falta, neste ponto, descobrir a nobreza que existe em caminhar por um lugar ainda não demarcado. Abro um parênteses para uma discussão que tivemos na semana passada durante uma aula de filosofia antiga. A aluna disse: "Professor, quando imaginamos ter pensado sobre algo novo, descobrimos que outro filósofo já pensou nisto há séculos e até melhor que nós mesmos." O professor replicou: "Isto acontece porque o conhecimento se avolumou, por isso, vocês devem ser mais revolucionários ainda e desafiar a suas mentes a pensar coisas realmente inéditas. E não apenas isto, recriar coisas que já foram pensadas, pois algo antigo não é, necessariamente, algo que não possa ser repensado, mesmo que se chegue à mesma conclusão de antes."
  •  Bill (professor) conhece uma poeta-pescadora. Nota-se que não convencional. Esta claro que neste ponto o autor do filme quis mostrar a aproximação quase romântica entre a filosofia e a poesia. Indiscutivelmente, um belo par. 
Acerca disto, a quem interessar, leiam o texto de Jean Lauand titulado "O Filósofo e o Poeta". Ele diz muito. http://www.hottopos.com/geral/naftalina/poet.htm

Frases dos poucos, mas ricos diálogos entre o filósofo e a poeta:

- "Perfeição: pensamos neste conceito e até sabemos que ela existe, mas nunca poderemos alcançá-la, aí que encontramos Deus."

- "Até a poesia tem suas regras, se todas as pessoas criarem suas regras, como saberemos qual é a certa?"

- "Talvez a verdade esteja na nossa frente e vamos ao encontro dela sem nem ao menos saber que ela está lá"
(PENSE NELAS!!)

Na morte do traficante, o filósofo cita Epicuro quando diz: "É irracional temer a morte, pois quando ela existe, não mais existimos e quando nós existimos, a morte não existe. Por conseguinte, o mais sensato seria temer o nascimento." 

E então este é o fim do filme, o traficante morre, o filósofo ironicamente quase morre também, mas é salvo por um amigo do seu irmão e no fim, deixa-nos o último apelo filosófico:

 "Tinha medo das chuvas de verão e as estudei. Mesmo assim, ainda tenho medo delas." Entretanto, a última cena do filme é a poeta segurando a mão do filósofo, sentados num jardim enquanto chove sobre suas cabeças.


 FIM!