Numa noite pueril de inverno, alguém encontrava-se à beira do precipício. Em voz baixa, versava misteriosamente sobre sua vida que, em minutos, deixaria de existir.
Queria olhos que de tudo recordassemDas felicidades da vida, dos sorrisos que fiz surgirDas noites coloridas, dos olhos que vi abrirDas crianças na rua e de todas as coisas boas que vivi.
Contudo, com este presente, ganharia também angústiasLembranças das lágrimas que provoqueiDos corações que já quebreiE dos meus próprios olhos, o quanto eu já chorei.