29 de mar. de 2010

Amargos e doces

Muitas vezes da minha vida fiquei triste de forma inconsequente, me permitindo conhecer da tristeza todos os degraus e precipícios. Entretanto, quanto mais eu descia, menos luz eu via e mais difícil era a minha subida. Desta forma vivi anos a fio. Para mudar minha forma de ver as coisas foi necessário conhecer um anjo que me banhou de filosofia, não era um anjo de asas de pluma alva que tocava corneta, muito menos um anjo de vestes brancas e límpidas. O anjo que me ensinou a viver foi um anjo de asas negras, com roupas igualmente negras que fazia cantar um violino triste. Um anjo das trevas que, por ironia ou não, me fez ver a luz outra vez.
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Ainda assim, passando por todo esse aprendizado, eu choro, eu me entristeço. Ainda sou humana. E ontem chorei. Hoje também chorei. Porque a tristeza me abate várias vezes, mas não como antes, pois a minha fortaleza não vem pela manhã; vem pela noite. E o anjo continua me visitando, consolando-me entre seus longos cabelos que mais parecem o véu escuro da noite que caí sobre nós. E quando ele está comigo, eu vejo que sua alma chora quando eu choro e sorri quando eu sorrio. Desta maneia, aprendi a lição mais importante de uma  vida toda: Nos momentos mais amargos, descobrimos as coisas mais valiosas.
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Explodir sentimentos, implodir sensações. Sentir cada instante, amargo ou doce, da sua maneira. Assim está sendo minha vida e assim pretendo que continue. Naturalmente, espero que a quantidade de sabores amargos diminuam, pois meu paladar anseia por dias mais doces e amenos. Entretanto, se estes não vierem, viverei cada momento como o aperfeiçoamento das minhas percepções e não como o estragar dos meus sentidos. Afinal, é muito mais fácil disfarçar o doce de amargo que o amargo de doce.

Um comentário:

Sua vez de falar :)

29 de mar. de 2010

Amargos e doces

Muitas vezes da minha vida fiquei triste de forma inconsequente, me permitindo conhecer da tristeza todos os degraus e precipícios. Entretanto, quanto mais eu descia, menos luz eu via e mais difícil era a minha subida. Desta forma vivi anos a fio. Para mudar minha forma de ver as coisas foi necessário conhecer um anjo que me banhou de filosofia, não era um anjo de asas de pluma alva que tocava corneta, muito menos um anjo de vestes brancas e límpidas. O anjo que me ensinou a viver foi um anjo de asas negras, com roupas igualmente negras que fazia cantar um violino triste. Um anjo das trevas que, por ironia ou não, me fez ver a luz outra vez.
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Ainda assim, passando por todo esse aprendizado, eu choro, eu me entristeço. Ainda sou humana. E ontem chorei. Hoje também chorei. Porque a tristeza me abate várias vezes, mas não como antes, pois a minha fortaleza não vem pela manhã; vem pela noite. E o anjo continua me visitando, consolando-me entre seus longos cabelos que mais parecem o véu escuro da noite que caí sobre nós. E quando ele está comigo, eu vejo que sua alma chora quando eu choro e sorri quando eu sorrio. Desta maneia, aprendi a lição mais importante de uma  vida toda: Nos momentos mais amargos, descobrimos as coisas mais valiosas.
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Explodir sentimentos, implodir sensações. Sentir cada instante, amargo ou doce, da sua maneira. Assim está sendo minha vida e assim pretendo que continue. Naturalmente, espero que a quantidade de sabores amargos diminuam, pois meu paladar anseia por dias mais doces e amenos. Entretanto, se estes não vierem, viverei cada momento como o aperfeiçoamento das minhas percepções e não como o estragar dos meus sentidos. Afinal, é muito mais fácil disfarçar o doce de amargo que o amargo de doce.

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