Não entendo muitas coisas, principalmente quando essas coisas envolvem outras que a metade das pessoas do mundo também não entendem e a outra metade acha que entende algo, mas na verdade também não sabe de nada.
Não entendo, por exemplo, como alguém pode conviver com a morte de alguém que ama.
Eu não amava o Brunno, não amava o George, não amava meus dois hamsters e nem a mãe deles. Mas todos eles morreram recentemente e dói pensar em todos. Como será quando eu tiver que enfrentar isso tudo de verdade? Não entendo....
Certa vez, disse Clarice Lispector:
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
#Dica Desconexa: Assistam 'O fabuloso destino de Amelie Poulain.'
É difícil pensar nas pessoas que se foram, mais difícil ainda é nessas horas pensar nos momentos bons que se passaram com essas pessoas. No fim, o que sobram são as nossas ações. Devemos ter isso como herança de quem partiu. Não dá para saber de tudo, o conhecimento é como uma estrada que se revela à nossa frente: a cada passo há muito mais para se percorrer. A vida também é assim, só mudamos a
ResponderExcluirforma de andar por esta estrada.